Parodiando o ex-presidente Lula: nunca antes na história dessa cidade se viu uma crise tão séria como vem passado a administração municipal de Salvador. A crise toma corpo do atraso de pagamentos a funcionários e terceirizados, rejeição de contas pelo TCM, reforma no secretariado a baixa de vereadores para blocos independentes.
O palácio Thomé de Souza vive um período conturbado e a estratégia do prefeito de ter o vereador Alfredo Mangueira, que teve até o seu nome publicado no Diário Oficial para ocupar a a Casa Civil, foi por água abaixo com a renúncia do mesmo. Mangueira serviria de ponte entre o Executivo e o Legislativo, mas a estratégia fracassou.
Os vereadores da base governista trabalham para garantir uma governabilidade ao prefeito já que terão votações importantes previstas para o primeiro semestre deste ano como a implantação do parque tecnológico, alterações no PDDU, julgamento das contas da prefeitura que foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
O prefeito foi a uma emissora de TV e declarou que as contas se equilibrarão em fevereiro após os primeiros pagamentos do IPTU, mas segundo especialistas não existe essa possibilidade já que nem toda a arrecadação prevista para 2011 cobrirá a dívida acumulada de R$ 319 milhões.
Enquanto isso o governo do Estado parece preocupar-se com a situação, já que um município desarrumado pode dificultar a preparação da capital para a Copa do Mundo.