Mariana Mendes - Jornal A Tarde
A placa com película refletiva para veículos já é vista como item de
segurança, desde que sua obrigatoriedade entrou em vigor, no dia 1º de abril,
após Resolução 372/2011 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
Ao menos, é assim que pensa a médica Maria das Graças Ribeiro, que já faz uso do
modelo desde 2010.
"Antes de ser obrigado eu já tinha colocado no meu carro. A placa refletiva
é muito melhor. Tem durabilidade maior, melhor visualização, além de facilitar o
trabalho da polícia e dos agentes de trânsito. Estamos vivendo em clima de
insegurança e temos que fazer a nossa parte", acredita Maria das Graças, que,
inicialmente, optou pelo modelo devido a resistência em relação aos efeitos do
tempo. "Quem dirige percebe a diferença", completa.
Para o presidente da Associação dos Fabricantes e Revendedores de Placas,
Letreiros e Afins do Estado da Bahia (APL/BA), Marco Ribeiro, o Brasil demorou
de tornar imprescindível o uso de placas com película refletiva. "É o único país
da América Latina onde o uso ainda não era obrigatório", conta.
Para ele, com o novo modelo, surge também a expectativa de se diminuir o
número de acidentes no trânsito. Isto porque, em casos em que a visibilidade é
comprometida, como em situações de chuva ou mesmo à noite, elas possibilitam uma
melhor visualização dos números da placa, um auxílio na segurança e fiscalização
dos agentes de trânsito. "Se o carro tiver uma pane elétrica em uma estrada, à
noite, não deixará de ser notado com a placa refletiva. Em uma garagem escura,
não tem como não perceber os outros veículos", exemplifica Marco Ribeiro.
Segundo o diretor de veículos do Departamento Estadual de Trânsito
(Detran-BA), Major Robson Pacheco, com a película, a capacidade de registro dos
radares de trânsito - equipamentos de medição de velocidade - também aumenta
consideravelmente. "Com a película na placa, registra-se 98% dos casos deste
tipo de infração. Já com a placa normal esse número não chega a 90%. A margem de
erro quase não vai existir", conta.
A descrição da placa foi publicada em nota no Diário Oficial da União em 2 de agosto do ano passado.
O tamanho é praticamente o mesmo para os carros. Segundo orientação, "a película
refletiva deverá cobrir a superfície da placa, excluindo a sua borda, sendo
flexível com adesivo sensível à pressão, conformável para suportar elongação
necessária no processo produtivo de placas estampadas".
As especificações valem para veículos de quatro rodas ou mais,
motocicletas, motonetas, ciclomotores e triciclos motorizados.
Custo – É verdade que a placa refletiva chega a custar
cerca de 30% mais cara que o modelo convencional. Quem estava acostumado a pagar
R$ 80 pelo modelo pintado, agora terá que desembolsar entre R$ 120 e R$ 130 pela
placa com a película para os carros. Vale lembrar que a obrigatoriedade da placa
só é valida para os emplacamentos novos, após a determinação. Desta forma, quem
fez o emplacamento antes de abril de 2012 não precisa fazer a troca de imediato.
Antes de abril, as películas refletivas eram facultativas para os automóveis e
obrigatórias para as motos.
Vale ressatar que os veículos que tiverem a documentação transferida para
outro município ou estado terão de refazer, obrigatoriamente, o emplacamento
conforme as novas determinações.
Mas, a opção de trocar de placa é considerada válida para Marco Ribeiro.
"Tem uma diferença no valor entre elas, mas esse pagamento vale o benefício",
disse o presidente, acrescentando que a placa refletiva já tem um grande índice
de aceitação entre os condutores.
Placas para motos - Desde 2008, as motos já são obrigadas
a usar placas com película refletiva. Entretanto, a resolução do Contran também
fez entrar em vigor a exigência do aumento das placas de motos novas ou das que
forem transferidas de município. Conforme determinação, a altura das placas
passa de 13,6 cm para 17 cm, e o comprimento de 18,7 cm para 20 cm. As novas
placas terão um custo médio de R$ 80.
A alteração no tamanho, segundo o diretor de veículos do Detran-BA, é para
melhorar a fiscalização. "Muitos motoqueiros dobram a placa para os radares não
registrarem o excesso de velocidade. Com a placa maior, a capacidade de registro
aumenta, além de facilitar a atuação dos agentes de trânsito e da polícia",
comenta.
Penalidade - Quem infringir a Resolução 372/11, do
Contran, terá de pagar R$ 85,13 de multa e acumular quatro pontos na Carteira
Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, o carro fica retido até que seja
feita a regularização.
| Serviço |
Mais informações podem ser obtidas no site do Detran-BA (www.detran.ba.gov.br) ou pelo Disque Detran (71) 3535-0888
Mais informações podem ser obtidas no site do Detran-BA (www.detran.ba.gov.br) ou pelo Disque Detran (71) 3535-0888
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