A Bahia receberá até 2015 US$ 9,2 bilhões (R$ 14,6 bilhões) em investimentos da Petrobras, informou ontem o presidente da companhia, o baiano José Sérgio Gabrielli, durante apresentação do Plano de Negócios, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). Contando com investimentos de outras empresas, o total chega a US$ 9,8 bilhões.
Segundo Gabrielli, a maior parte desses recursos, quase US$ 6 bilhões, irá para exploração e produção no mar profundo da Bahia e também para projetos de desenvolvimento complementar de campos em terra. “Vamos investir em novas tecnologias e aumentar a produção. O pico de produção será atingido depois desses investimentos”, revelou. Gabrielli destacou a previsão de investimento no terminal de regaseificação da Bahia, que entra em operação em 2014 e terá capacidade de regaseificar 14 milhões de metros cúbicos por dia.
O presidente da estatal afirmou que não está nos planos da companhia trazer projetos de desenvolvimento de etanol para a Bahia. “O corredor do crescimento do etanol no Brasil é em São Paulo , Minas Gerais e Góiás”, explicou. Ele apontou que o Brasil ainda deve passar pelo menos mais dois anos em crise no abastecimento do combustível, principalmente em função da alta dos preços do açúcar. A demanda pelo álcool também é alta. “O Brasil é o único país em que todos os postos de combustíveis oferecem o etanol para o consumidor, e aqui a maior parte da frota é flex fuel”, apontou.
Licitações
Gabrielli conclamou o empresariado baiano a baixar seus preços para concorrer em melhores condições nas licitações da companhia. Segundo ele, na última licitação, a proposta baiana ficou na quinta colocação. “A Bahia tem condição de competir, mas os empresários precisam tornar seus preços mais competitivos. Teremos licitação para 21 sondas e receberemos propostas no dia 2 de outubro”, pontuou Gabrielli.
No entendimento do secretário de Indústria, Comércio e Mineração do estado, James Correia, a Bahia tem um quadro bastante favorável para os projetos da Petrobras e existe uma confiança muito grande de que o estado seja escolhido para receber projetos. “Acredito que teremos uma atividade crescente de empresas focadas no pré-sal”, opinou.
Correia questionou até que ponto é válido para a Petrobras contratar por preços mais baixos serviços que precisarão ser refeitos, como é o caso do navio construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, que terá que refazer os serviços de soldagem. “Só a Petrobras pode responder se o preço mais baixo compensa o custo de trazer o navio novamente para o estaleiro. Se for para ter um produto muito superior, a Petrobras vai achar caro?”, perguntou o secretário.
Correia questionou até que ponto é válido para a Petrobras contratar por preços mais baixos serviços que precisarão ser refeitos, como é o caso do navio construído no Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco, que terá que refazer os serviços de soldagem. “Só a Petrobras pode responder se o preço mais baixo compensa o custo de trazer o navio novamente para o estaleiro. Se for para ter um produto muito superior, a Petrobras vai achar caro?”, perguntou o secretário.
Já o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Victor Ventim, apontou que outras reivindicações foram feitas à estatal. “Esperamos que a Bahia seja aquinhoada, como forma de reconhecimento e uma compensação histórica”, frisou.
Projetos no estado
- 5,3 bilhões de dólares serão investidos em projetos de exploração e desenvolvimento complementar dos campos
- 1,8 bilhão de dólares serão investidos na Refinaria Landulpho Alves em melhorias na produção de gasolina, diesel e asfalto
- 1,7 bilhão de dólares vão para gás, e energia/gás-química
- 7 milhões de dólares para a usina de biocombustíveis de Candeias
- 273 milhões de dólares vão para a manutenção na rede de postos e projetos de logística, entre outros
- 36 milhões de dólares estão garantidos para melhorias nos prédios da estatal
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