Para o soteropolitano, ruim mesmo é o trânsito. Foi o item pior avaliado - 74,2% de ruim e péssimo - na pesquisa CORREIO/Futura sobre prefeitura e os problemas da cidade. A saúde pública, com 68,7% negativos, o atendimento à população de rua (62,4%), o transporte coletivo (55,6%) e os buracos (52,3%) também desafiam a paciência do morador da capital.
A soma destes cinco itens é responsável pela avaliação negativa da prefeitura (53,2%) e do prefeito João Henrique (56,2%) na pesquisa. O prefeito encontra sua maior rejeição em Itapuã (65% de ruim e péssimo) e no Centro Histórico (64%). Sua prefeitura é melhor avaliada em Cajazeiras (60% de ótimo, bom e regular) e em Valéria (53,4%). O desgaste da imagem do prefeito é maior que o da prefeitura.
A equação é simples: quem mais precisa de atendimento direto vê a prefeitura com melhores olhos do que aqueles que sofrem com as consequências dos cinco pontos mais críticos da atual gestão.
De acordo com a pesquisa, quem mais reprova a prefeitura está nas faixas entre 40 e 49 anos (59,3%) e de 30 a 39 anos (59%). A rejeição menor se dá entre os mais jovens (37,2% de 16 a 19 anos). Quando o cruzamento é feito por escolaridade, a reprovação de quem tem ensino superior (64%) é maior do que no ensino fundamental (53,1%) e no ensino médio (51%).
Na divisão por sexo, os homens rejeitam mais João Henrique do que as mulheres (59,9% x 53,2%). Nas classes A/B, o prefeito tem 57,5% de reprovação contra 54,9% na classe C. Em compensação, é na A/B que o prefeito consegue seu maior índice de ótimo (4,5%). Na C, ele tem 1,4%.
Pirajá é o bairro que mais sofre com trânsito ruim
Campeão em avaliação negativa de Salvador, o trânsito merece um capítulo à parte na análise desta pesquisa. Com 87,3% de ruim e péssimo, Pirajá encabeça a lista dos moradores mais enlouquecidos pelo trânsito. Quem vive no Cabula também sofre: 85,7% têm na falta de mobilidade o seu pior pesadelo.
A lista é grande. Liberdade, Rio Vermelho, Pituba, Cajazeirase Itapuã penam - e muito - com o para-e-anda na cidade, de acordo com os indicadores apurados pelo Instituto Futura. O trânsito ruim de Salvador leva as mulheres à loucura. Para 76% delas, trata-se do pior problema da cidade, contra 72,1% dos homens.
A questão é que, para a maioria absoluta delas (56,5%), a imobilidade no trânsito é considerada simplesmente ‘péssima’. Os congestionamentos e o salve-se quempuder no asfalto soteropolitano exasperam 79% dos que têm entre 40 e 49 anos e 84% dos que têm formação superior.
Banho de luz dá bons resultados
Com 35,8% de ótimo e bom, a iluminação pública é apontada pela pesquisa CORREIO/Futura como o melhor de Salvador nos dias de hoje. A coleta de lixo, a limpeza pública e a educação infantil e fundamental também são aprovadas. Na Pituba, a iluminação obteve inéditos 15,8% de ótimo na pesquisa, somados a 31,6% de bom e 26,3% de regular.
Valéria é quem mais quer luz, com 40% de avaliações ruim e péssimo neste item. Mas, a julgar pelo levantamento, Valéria é o bairro mais asseado de Salvador. A limpeza pública obteve 73,3% de avaliação positiva. Por outro lado, a Liberdade está precisando de uma boa faxina. Ali, o serviço é reprovado por 66,7% dos moradores. Valéria também dá a maior nota à prefeitura em educação fundamental, com positivos 66,6%, enquanto a Barra reprova as escolas municipais: 75% negativos. A avaliação da saúde é mais equilibrada nas regiões pesquisadas: ruim e péssima em todos os bairros.
Pesquisa é a terceira da parceria entre o CORREIO e Futura
A pesquisa sobre avaliação da prefeitura de Salvador faz parte da parceria estabelecida entre o CORREIO e o Instituto Futura, empresa capixaba que está há 15 anos no mercado e recém-chegada à Bahia. O Futura é instituto associado à Associação Brasileirade Empresas de Pesquisa (Abep) desde 1996 e as pesquisas com o CORREIO podem ser acessadas pelo site (www.futuranet.ws).
Rodada da pesquisa CORREIO/Futura foi realizada com 601 moradores de Salvador entre 2 e 6 de agosto. A margem de erro é de quatro pontos percentuaispara mais ou para menos. Foram entrevistados 54,7% de mulheres e 45,3% do sexo masculino. A idade média do universo pesquisado é de 37 anos, do qual 60,4% têm formação no ensino médio, 27% estudaram até o fundamental e 12,5% vêm do ensino superior.
Pesquisa revelou descrença em políticos e governo
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Para os soteropolitanos, a família, os bombeiros e a Polícia Federal gozam de muito mais confiança do que governo, Assembleia Legislativa, Câmara dos Vereadores e a classe política. Para José Luiz Orrico, diretor do Futura, resultado não surpreendeu e foi turbinado pelas ações da Federal contra a corrupção que Pagode ganha mais fãs que axé tiveram repercussão.
Jornal mostrou que pagode bate axé em preferência na Bahia
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Futura revelou o ritmo preferido dos baianos: a MPB. Mas a grande surpresa do levantamento foi a constatação da ascensão do pagode e do sertanejo na preferência dos soteropolitanos, enquanto o axé, símbolo da cultura popular baiana, aparece com índice menor até do que casamento do pop com o rock.
As informações são do Correio da Bahia
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