Mudança no perfil de contaminação da doença afeta adultos e jovens, além de crianças menores de sete anos
Carmen Vasconcelos | Redação CORREIO
Até julho deste ano, a Bahia registrou 48 casos de coqueluche, também conhecida como tosse comprida. Os municípios de Feira de Santana, Barreiras e Salvador foram os mais atingidos.
De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), Fátima Guirra, o que chama atenção no registro de casos é a mudança no perfil imunológico da doença, que deixou de ficar restrita à infância e passou a acometer adultos.
“A situação é nova no cenário epidemiológico brasileiro, mas o fato é que doenças como a coqueluche e o sarampo, que até pouco tempo eram consideradas como próprias da infância, voltam a aparecer também em adultos, jovens e até em faixas etárias mais avançadas”, esclarece.
Falta de ar
De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), Fátima Guirra, o que chama atenção no registro de casos é a mudança no perfil imunológico da doença, que deixou de ficar restrita à infância e passou a acometer adultos.
“A situação é nova no cenário epidemiológico brasileiro, mas o fato é que doenças como a coqueluche e o sarampo, que até pouco tempo eram consideradas como próprias da infância, voltam a aparecer também em adultos, jovens e até em faixas etárias mais avançadas”, esclarece.
Falta de ar
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche provoca crises intensas de tosses, que terminam em falta de ar e fazem o doente guinchar diante da dificuldade de respirar.
Segundo a infectologista e pediatra, Luíza Helena Arlant, nas crianças, a tosse causa uma forte pressão na cabeça, aumentando a possibilidade de rompimentos de vasos sanguíneos e complicações neurológicas.
“A ação da bactéria imobiliza os cílios que ficam no aparelho respiratório, impossibilitando que o organismo expulse os organismos estranhos”, diz a especialista, destacando que, desprotegido, o paciente termina desenvolvendo problemas outros, como a pneumonia bacteriana secundária.
Perfil
Para a médica, a incidência da doença vem mudando nos últimos dez anos em virtude de vários fatores, a exemplo da coqueluche poder ocorrer mais de uma vez na vida e do aumento de casos entre adolescentes e adultos que perdem a imunidade (soroconversão), voltam a se contaminar e a transmitir para o restante da família, especialmente os bebês que ainda não estão com a imunização completa.
Atualmente, o calendário vacinal da rede pública disponibiliza imunização contra coqueluche para crianças no primeiro ano de vida e um reforço para os menores com idades entre os 4 e 6 anos.
“O Sistema Único de Saúde não indica a vacina Tríplice Bacteriana Acelular (DPTa) para adultos, só para as crianças que apresentam reações adversas à vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche)”, explica Fátima Guirra.
Reforço
Para a médica, a incidência da doença vem mudando nos últimos dez anos em virtude de vários fatores, a exemplo da coqueluche poder ocorrer mais de uma vez na vida e do aumento de casos entre adolescentes e adultos que perdem a imunidade (soroconversão), voltam a se contaminar e a transmitir para o restante da família, especialmente os bebês que ainda não estão com a imunização completa.
Atualmente, o calendário vacinal da rede pública disponibiliza imunização contra coqueluche para crianças no primeiro ano de vida e um reforço para os menores com idades entre os 4 e 6 anos.
“O Sistema Único de Saúde não indica a vacina Tríplice Bacteriana Acelular (DPTa) para adultos, só para as crianças que apresentam reações adversas à vacina DTP (difteria, tétano e coqueluche)”, explica Fátima Guirra.
Reforço
Nas clínicas especializadas é possível encontrar a DPTa para adultos. Neste mês, a divisão de vacinas dos laboratórios Sanofi lançou no Brasil uma vacina (Adacel Quadra) que oferece o reforço contra coqueluche, tétano, difteria e poliomielite, para adolescentes, adultos e crianças a partir de 3 anos.
A vantagem do novo produto é que a proteção é conseguida com apenas uma dose e o custo gira em torno de R$ 100.
A coqueluche é a quinta doença evitada por vacina, responsável pelo maior número de óbitos em crianças menores de 5 anos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que são notificados cerca de 50 milhões de casos e 300 mil mortes por ano na população mundial.
No Brasil, a subnotificação da coqueluche é uma realidade em razão do desconhecimento da doença, da dificuldade de diagnóstico e da falta da difusão de exames para a detecção da bactéria.
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