Pode-se afirmar que ontem ocorreu um fato importante para o processo sucessório de 2014, quando o eleitorado baiano vai escolher um novo governador, além de seu vice e o futuro ocupante da chapa de senador que vai ficar vaga com o fim do mandato do senador João Durval, do PDT.
O fato é o anúncio oficial, feito pela Petrobras, de que o presidente do Conselho da empresa, ministro Guido Mantega, da Fazenda, já manifestou que vai encaminhar, como proposta para a próxima reunião do órgão, a escolha de Maria das Graças Foster para a presidência da Petrobras.
Não só por isto, mas por muitos outros sinais conhecidos por todo o meio político, Gabrielli, que é filiado ao PT desde criancinha e já disputou (sem nenhuma chance de vitória, mas para marcar a posição petista na época) o cargo de governador, deverá ocupar cargo no governo Wagner.
Ainda há alguma dúvida quanto a qual será este cargo, mas é muito improvável que se concretize a hipótese de ser o do secretário da Fazenda, cujo atual ocupante, Carlos Martins, do PT, vai deixar o governo para disputar a prefeitura de Candeias.
Até ontem à noite, a hipótese considerada mais provável é a de que o cargo de secretário da Fazenda venha a ser ocupado por James Correia, que atualmente é o secretário da Indústria e Comércio. E Gabrielli iria para a Secretaria da Indústria e Comércio, pois aí teria melhores condições para articular-se com o empresariado e preparar, neste setor, a sua candidatura a governador.
Mas convém lembrar que, no lado do governo, José Sérgio Gabrielli não é o único aspirante. Além dele, são notórios também outros. Pela movimentação política que empreendem, esbracejando doidamente, ou pelas posições e poderes que lhes foram atribuídos ou que conquistaram.
Não vou incluir nessa lista, por mais guerreira que seja, a prefeita petista de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, que deixa o cargo em 31 de dezembro deste ano. Mas vale citar o obstinado petista Luiz Caetano, prefeito de Camaçari e presidente da União dos Municípios da Bahia, e o senador petista candidato a tudo Walter Pinheiro, ainda que seja para não ficarem zangados. E o secretário-chefe da Casa Civil, deputado federal petista Rui Costa, ex-secretário de Relações Institucionais, porque aí a coisa é muito séria.
Terá notado o leitor que só citei nomes de petistas como aspirantes ao cargo de governador no lado governista. Isto porque o PT não admite a ideia de o governo ter um candidato não petista à sucessão de Wagner. Notará o leitor, com o tempo, que, dos nomes citados – salvo gravíssimo acidente de percurso –, a lista de candidatos petistas a governador tenderá a limitar-se a Gabrielli e Rui Costa.
Fonte: Tribuna da Bahia
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