segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Líder do PT anuncia saída de Gabrielli

Lílian Machado e agências

Conforme petistas baianos já haviam sinalizado à Tribuna, a saída de José Sérgio Gabrielli do comando da Petrobras está bem próxima. O presidente da maior estatal da América Latina já teria renunciado do cargo e seria substituído pela atual diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Foster, de acordo com informações do líder do PT na Câmara Federal, Paulo Teixeira, bastante repercutidas pela imprensa nacional durante o fim de semana. 

A transmissão de cargo deve acontecer em fevereiro. Na última semana, em conversa com este jornal, o deputado estadual Rosemberg Pinto, ligado a Gabrielli e ex-assessor de comunicação da Petrobras, frisou que a saída do executivo da empresa e possível vinda para Bahia para ocupar um espaço de destaque no governo baiano estava sendo articulada pelo governador Jaques Wagner e a presidente Dilma Rousseff. 

Auxiliares do primeiro escalão da gestão estadual também chegaram a reiterar que seria muito importante ter alguém como Gabrielli na equipe estadual. O afastamento do petista estaria atrelado à reforma ministerial feita pela presidente da República. Há dois meses circulavam especulações de que Gabrielli não seria mantido na diretoria da Petrobras. 

Rumores indicam que a presidente Dilma já estaria de olho em Graça Foster para comandar a empresa. Ela é próxima à líder nacional e seu nome foi cotado para assumir um ministério ou o próprio comando da Petrobras, no inicio de 2011. 

Foster teria ido ao Palácio do Planalto na última sexta-feira. As mudanças na equipe ministerial se darão em função das eleições municipais, já que muitos ministros se desincompatibilizarão dos cargos para disputar as prefeituras.  Esse não seria o caso de Gabrielli, que tende a entrar em disputa interna no PT para ser o nome para a sucessão de Wagner em 2014. 

A notícia sobre a possível saída de Gabrielli surpreendeu autoridades do governo e executivos da própria Petrobras. Até ontem eles disseram não ter informações sobre o assunto. No entanto, outras fontes ratificaram que sua saída estava mesmo para acontecer e que seria uma questão de tempo.
Após sua saída, as especulações agora serão quanto ao cargo que ele deve comandar em solo baiano. 

Aposta-se em uma posição de destaque e maior visibilidade, que deve estar associada à concretização de seu desejo em se tornar mais conhecido da população baiana. Ele é citado como um dos fortes nomes para brigar pelo governo em 2014, mas terá de enfrentar outros pretendentes de peso e já bastante conhecidos, a exemplo do senador Walter Pinheiro (PT), do prefeito de Camaçari e presidente da UPB, Luiz Caetano. Há quem diga que a questão será motivo de muito debate, mesmo porque não envolverá apenas petistas, mas aliados da base que também buscam maior espaço. 

Fonte: Tribuna da Bahia

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