terça-feira, 22 de novembro de 2011

Ministério estuda dívida com as filantrópicas

Romulo Faro REPÓRTER

Ainda existe a possibilidade de o Ministério da Saúde retroceder da decisão que, de forma provisória, por seis meses, concedeu à Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) o contrato para repasse dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) às Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). 

Em entrevista à Tribuna ontem, o secretário municipal da Saúde (SMS), Gilberto José, afirmou que na visita da equipe do Departamento de Regulação e Contratualização (Derac) do Ministério da Saúde, na última sexta-feira (18), os técnicos começaram uma avaliação “para entender as causas do déficit mensal da Prefeitura de Salvador com as entidades filantrópicas” que prestam serviço aos soteropolitanos através do SUS.    

 “Eles vão dizer se o déficit é realmente no repasse por parte da prefeitura ou se o problema é a insuficiência dos recursos recebidos”, disse o secretário Gilberto José.

O secretário ressaltou que “foi detectado, inclusive, que os hospitais federais só cumprem 50% da meta de contratualização”. Apesar da expectativa, o secretário municipal afirmou que o ministério não estipulou prazo para se posicionar com uma possível decisão, mas garantiu que a expectativa é das melhores.

Ainda na entrevista a este diário, o gestor aproveitou para criticar o repasse dos recursos do Incentivo de Adesão à Contratualização (IAC), que é repassado anualmente pela União, através do SUS. Neste ano, segundo ele, as filantrópicas de Salvador receberão o montante, de R$ 9 milhões. 

Vale observar que o dinheiro não passa pela SMS. A transferência é direta do Ministério da Saúde aos cofres das entidades. 

“Eu discordo em parte porque precisamos recompor o teto do SUS exatamente para contratualização. O ideal seria que fosse feita a composição do teto o mais breve possível, para a gente amenizar o déficit mensal no repasse às filantrópicas. Vale destacar que o déficit continua”, pontuou o titular da Secretaria Municipal da Saúde.

Atualmente, a pasta recebe recursos da ordem de R$ 22 milhões mensais da União para pagar os serviços de média e de alta complexidade prestados pelas filantrópicas. Nas contas dos gestores, são necessários mais R$ 6 milhões por mês para sanar o problema.  (RF)

Fonte: Tribuna da Bahia

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