Ao lado do placar, as mantas de silício cobrem os vestiários e captam a energia para abastecer o estádio
Alan Rodrigues
alan.rorigues@redebahia.com.br
Agora só falta definir a data. No dia 19 ou 29 deste mês, quando o Bahia jogar em casa, Pituaçu terá iluminação 100% fornecida por energia solar, algo inédito na América Latina. Após dois adiamentos, a usina de geração à base de módulos fotovoltaicos e mantas de silício foi inaugurada ontem com a promessa de suprir toda a energia consumida no estádio de Pituaçu, com economia de R$ 120 mil ao ano.
Ao todo, serão 630 kw/hora, dos quais 360 serão consumidos pelo estádio. Os 270 kw/hora restantes serão lançados na rede elétrica da Coelba, que irá abater o excedente do gasto com energia da Secretaria de Emprego, Renda, Trabalho e Esporte (Setre).
Exemplo O governador Jaques Wagner também enfatizou o exemplo que a Bahia dá com o projeto. “É um exemplo para o Brasil, na antevéspera da Rio + 20”, disse, referindo-se à cúpula que celebra os 20 anos da Eco 92, que estabeleceu os primeiros parâmetros para controle da emissão de resíduos e desenvolvimento de energias renováveis.
Wagner lembrou que o investimento, de R$ 5,5 milhões, teve a maior parcela
(R$ 3,8 milhões) financiada pela Coelba, concessionária de energia do estado.
O investimento é parte da contrapartida estebelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para investimento em energia limpa. Se fosse um investimento comercial, o Pituaçu Solar demoraria 46 anos para cobrir o dinheiro investido.
Na cerimônia de inauguração também foi assinado convênio para substituição dos refletores do estádio por projetores de vapor metálico, com o dobro da luminosidade e 20% de economia de energia. A instalação está prevista ainda para este ano.
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