Pelegrino minimiza união de aliados

Lílian Machado REPÓRTER

Com o projeto de conquistarem pela primeira vez o  comando do Palácio Thomé de Souza, os petistas ainda apostam na aliança em torno das siglas que compõem a base ao governo no pleito municipal. Apesar de nos bastidores ser cogitada uma unidade entre PSB, PCdoB e PDT, o Partido dos Trabalhadores tenta trabalhar ao máximo a perspectiva de ter os seus aliados na formação de uma grande frente partidária que possa contribuir com a meta de conduzir o pré-candidato Nelson Pelegrino (PT) à cadeira do prefeito. Até o período das convenções, eles pretendem articular bastante para obterem o apoio dos partidos.

“Acho que seja possível que até consigamos ter essa aliança. Estamos conversando bastante. Ontem mesmo estive com o PDT, com o deputado federal Marcos Medrado e pretendo marcar diálogos com o PCdoB, PSB, PTB e o PR”, disse Pelegrino.

O pré-candidato se mostrou indiferente aos rumores de que os socialistas, representados pela presidente estadual do partido, a senadora Lídice da Mata, e os comunistas, com a deputada federal Alice Portugal, poderiam formar uma dobradinha eleitoral, tendo ainda o apoio do PDT. “Conjecturas existem várias. Nós também estamos conversando”, frisou. Pelegrino deixou claro que por trás do processo existe a figura do governador Jaques Wagner.

“Os partidos conversam sob a coordenação do governador Jaques Wagner, que é líder. Mas é natural que as conversas aconteçam”, afirmou. Ele ainda minimizou ao dizer que não se pode ter pressa, pois as convenções ainda são em junho e as eleições em outubro. “Não precisa existir essa agonia”, disse.

Atualmente, o PT contabiliza o apoio oficial do PSD e está em fase de fechamento com o PRP, PMN, PSDC, PTdoB e PTC. Há conversas adiantadas também com o PHS e o PSL.

Pelegrino não esconde que está em clima de pré-campanha e tenta fortalecer seu projeto em regiões de alta densidade demográfica em Salvador, como o Subúrbio Ferroviário. Ele também tem buscado se aproximar de entidades e igrejas. O deputado teve encontro com os dirigentes da Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra). Há poucos dias, ele se reuniu com o partido para discutir o programa de governo.

A presidente do PT municipal, vereadora Marta Rodrigues também comunga da mesma opinião. “Nesse momento estão todos se articulando, Não existe nada conformado, ou seja, tudo está ainda no plano das idéias. Até junho dá tempo de arrumar a casa. Estou confiante de que construiremos uma boa frente. Ainda essa semana nós tivemos vários diálogos”, afirmou.

Os petistas reafirmam que Salvador é prioridade nacional nas eleições de outubro e que as construções das alianças e das candidaturas passam por uma estratégia nacional. Nos bastidores, as possibilidades se abrem, e até o prazo das convenções é possível que muitas peças entrem no jogo pré-eleitoral.

Fonte: Tribuna da Bahia