segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bahia reforça discurso contra o preconceito

Silvana Blesa REPÓRTER
 O sonho de viver em uma sociedade igualitária, justa, solidária, onde todas as pessoas serão felizes e uma respeitando a outra, onde ninguém encontre razão para discriminar o outro. Esse é o objetivo de um grupo de especialistas de vários segmentos, principalmente da área de direito e das ciências e movimentos sociais, que irão se reunir durante três dias para debater as formas de discriminação e como combatê-las.

O seminário tem início a partir de hoje com o tema “O Direito como Instrumento de Combate aos Preconceitos”, e terminará no dia 26 de outubro. O evento acontece na antiga Faculdade de Medicina (Famed), no Pelourinho, e na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela.

Os participantes estarão discutindo as diversas formas de discriminação e preconceitos, reunidos em cinco mesas-redondas. Na oportunidade, haverá também uma palestra introdutória versando sobre o tema: Condicionantes, nocividades, consciência, prevenção e estratégias de combate aos preconceitos, proferida pela jurista Joaquina Lacerda.

Para a professora Joaquina, que também é coordenadora geral do evento e pesquisadora da área, os preconceitos infiltram-se no tecido social, tal como a água subterrânea se infiltra nos poros das rochas. “Eles estão nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas e universidades, nas festas, causando tristeza, depressão, perda de autoestima, dor, conflitos interpessoais, homicídios e até mesmo guerras. E com isso, as pessoas ficam tímidas, retraídas e não lutam pelos seus direitos”. 

Por conta dos malefícios do preconceito na sociedade e pela falta de uma discussão sistemática sobre o tema, ainda de acordo com Joaquina, faz-se necessário a realização deste evento, que reunirá diversas vozes que vêm combatendo a discriminação na Bahia. “Esse é um assunto importantíssimo para abordarmos. Essa é a primeira vez que realizamos esse seminário, mas pretendemos torná-lo uma campanha no futuro. Quem nunca sofreu preconceito ou nunca violentou alguém com palavras?”, perguntou a professora. 

Os outros temas a serem debatidos serão: O papel das religiões no combate aos preconceitos, discriminações motivadas pela cor, gênero e sexualidade, discriminações contra idosos, deficientes, usuários de drogas, discriminações socioeconômicas e o direito como instrumento de combate aos preconceitos, ensino e práxis dos operadores do direito. 

O seminário foi concebido pelo Espaço Cultural Expogeo, ONG especializada na defesa dos direitos humanos, combate aos preconceitos e estimulação da solidariedade, que conseguiu articular mais de 50 instituições que apoiarão este evento de importância estratégica para a sociedade brasileira.

Fonte: Tribuna da Bahia

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