sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dados da ONU revelam gravidade da violência

A taxa de homicídios da Bahia está em um patamar equivalente ao dos países mais violentos do mundo. Este foi o panorama encontrado em um levantamento feito por A TARDE, comparando a situação baiana com a de 211 países do mundo, segundo dados do Estudo Global de Homicídios 2011, divulgado nesta quinta, 06, pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime.

Com uma taxa de 34,7 casos por cada 100 mil habitantes, a Bahia – se fosse um país –  ocuparia a 15ª colocação do ranking das maiores taxas de homicídios do mundo. O índice da Bahia foi calculado cruzando o número de homicídios dolosos do Estado em 2010 – um total de 4.868 casos – com a população do Estado que é de 14 milhões de habitantes (Censo 2010).

O governo da Bahia afirma que está aumentando os investimentos em segurança e que, em março de 2012, mais 3,5 mil PMs estarão nas ruas. A cidade de Salvador, segundo a mesma metodologia, possui taxa de 61,2  homicídios a cada 100 mil habitantes. Se fosse um país, a capital baiana seria o terceiro mais violento do mundo, ficando atrás somente de Honduras e El Salvador, países da América Central.  No ano passado, a capital baiana registrou 1.636 homicídios dolosos.

No panorama global, o Brasil aparece como o terceiro mais violento da América do Sul, ficando atrás apenas de Venezuela e Colômbia. Com uma taxa de 22,7 homicídios por 100 mil habitantes, o País é destacado pelo estudo por possuir grandes diferenças no nível de violência a depender da área dentro do seu território. 

Triste posição - Em números absolutos, o Brasil é o primeiro no ranking mundial: 43.909 pessoas mortas intencionalmente em um ano, à frente de nações como o México, que enfrenta problemas com violentos cartéis do narcotráfico.

Na avaliação da coordenadora do Fórum Comunitário de Combate à Violência, Tânia Cordeiro, os dados revelam a gravidade do patamar de violência em que se encontra a Bahia: “A situação é grave e não precisa de estudo para vermos isso. As pessoas que vivem aqui já notam, pois vivem com medo de serem alvejadas pela violência”.

Do Jornal  A Tarde.

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