terça-feira, 25 de outubro de 2011

Independentes se juntam à oposição de olho nas comissões da Assembleia

Os deputados estaduais se reuniram ontem para destrincharem a matemática da reocupação das cadeiras nas comissões temáticas, temporárias e nas subcomissões da 17ª legislatura na Assembleia Legislativa.

A composição dos colegiados teve que ser destituída, conforme prevê o regimento interno, após a criação do PSD, que terá 11 representantes no parlamento. Ontem, os parlamentares sentaram-se para a calcular a recomposição da proporcionalidade e indicar os titulares e suplentes, mas não chegaram ainda a um denominador comum.

Nessa arrumação, tem sido revista também a formação dos blocos, desarrumados com o impacto da chegada do PSD. Apesar da forte disputa, nos bastidores comenta-se que a tendência é de acordos, onde cada um fique com uma boa fatia do bolo. Vale dizer que estão em jogo as presidências das comissões, coordenadoria das subcomissões e as lideranças e vice-lideranças partidárias. 

A bancada independente, por exemplo, deixou de existir com a saída da deputada Maria Luiza Carneiro - somada ao afastamento também dos deputados Carlos Ubaldino e Ângela Souza, todos PSC. Essa redução à representação partidária automaticamente impacta na perda de espaços nas comissões técnicas.

Com intuito de não perder ainda mais espaço, as bancadas independente e da oposição decidiram unir forças para continuar representativos e firmaram acordo, onde o bloco independente passa a ser incorporado à oposição, formando uma bancada de 18 membros. O total representa 28% dos 63 deputados da AL.

Com isso, a minoria será subdividida em três blocos, cada um com seis deputados PTN/PRP/PSC, DEM/PMDB e PSDB/PR. Cada uma destas composições terá direito à presidência de uma das três comissões temáticas a que a oposição tem direito. Nos bastidores, uma das principais disputas é pelo comando da Comissão Especial do Porto Sul, anteriormente presidida pela deputada Ivana Bastos, que saiu do PMDB com destino ao PSD.

A bancada de oposição briga para continuar com o poder do colegiado, já que a deputada agora compõe o grupo governista. Além disso, há possibilidades de embates também quanto à presidência da Comissão de Educação, que estava com a deputada Kelly Magalhães (PCdoB). A oposição pode exigir o colegiado em troca da criação de mais subcomissões. Ontem o líder do governo, deputado Zé Neto negou as disputas. “Amanhã (hoje) retomaremos as conversações”, disse.  

Fonte: Tribuna da Bahia

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