quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Wagner avalia espaço para Gabrielli

Lílian Machado REPÓRTER

O governador Jaques Wagner (PT) e o secretário de Relações Institucionais (Serin), Cézar Lisboa (PT), devem sentar-se à mesa nos próximos dias para definir a secretaria que será comandada por José Sérgio Gabrielli (PT), após sua saída oficial da presidência da Petrobras, que ocorrerá no dia 13 de fevereiro.

Depois dessa data, é possível que já se saiba qual área do governo o petista irá dirigir com o intuito não apenas de dinamizar a gestão, mas de mexer suas peças e se articular politicamente para se tornar um dos nomes viáveis em 2014. 
       
Nos bastidores, a grande aposta é que ele irá conduzir a Secretaria de Planejamento, atualmente comandada pelo deputado federal Zezéu Ribeiro (PT), mas são apontadas as pastas da Fazenda, de Carlos Martins, que sairá para concorrer à Prefeitura de Candeias, e ainda em menor grau a de Indústria e Comércio, do secretário James Correia.

Ainda é citada também a Secretaria de Desenvolvimento e Combate à Pobreza, caso Carlos Brasileiro saia para disputar em Senhor do Bonfim. Enquanto Wagner decide, o presidente da Petrobras afirmou que só virá para a Bahia após retornar do Fórum Econômico Mundial em Davos. Ele cumprirá a agenda de encontros e palestras que já tinha marcado.

As mudanças na de Planejamento já estariam sendo cogitadas pelo governador. A pasta projeta grandes obras como a do metrô e a ponte Salvador-Itaparica, sendo responsável pelos estudos de viabilidade. A da Fazenda seria compatível com o perfil técnico de Gabrielli que é economista.

Já a de Indústria e Comércio daria poder de fogo nas relações, com a possibilidade de o petista se tornar um grande articulador para trazer mais indústrias para Bahia, alargando também os contatos empresariais e comerciais.

A pasta de Combate à Pobreza dá uma amplitude também por movimentar o programa Bolsa Família, considerado uma mina eleitoral, já que abrange uma imensa camada de eleitores nas classes de baixa renda. 

Mas essa costura ainda não foi amarrada pelo governador, que estuda as possibilidades em conversas com seus auxiliares. Segundo a assessoria de comunicação do governo, ele conta com um tempo razoável para resolver a questão, já que Gabrielli sairá da petrolífera em meados de fevereiro, portanto nem o gestor nem o próprio Gabrielli tem pressa. 

A situação exige reavaliações por parte do governador, que, segundo interlocutores, terá todo o cuidado nessa articulação a fim de acomodar também quem será retirado. Essa, por exemplo, seria a grande preocupação quando se avalia afastar Zezéu Ribeiro.  

Procurados pela Tribuna, os secretários se recusam a falar sobre o assunto. O secretário da Fazenda, Carlos Martins, que fica na gestão até o dia 30 de março, disse apenas que a questão está sendo articulada pelo governador e a Serin. “O governador e Lisboa são os responsáveis por essa articulação”. Questionado se teria indicado um nome para o cargo, ele negou: “Não indiquei ninguém e não acho nada”, disse entre risos.   

Fonte: Tribuna da Bahia

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