Davi Lemos - A Tarde
A Bahia, segundo o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, possui uma população de 1,451 milhão de
idosos. Para atender a este contingente, há um total de 33 profissionais médicos
geriatras. Uma conta simples revela que, para cada profissional nesta
especialidade, existem 43,975 mil pacientes.
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda que
sejam mil pacientes por médico. Os números de especialistas no Estado foram
divulgados na última edição da revista do Conselho Regional de Medicina (Cremeb)
e apontam a ginecologia/obstetrícia (1.038), a pediatria (1.027) e a
anestesiologia (758) como as três áreas que concentram o maior número de
especialistas.
A presença da pediatria nesta posição é, segundo os profissionais ouvidos
por A TARDE, uma exceção, uma vez que a procura por áreas de medicina
generalista tem diminuído, a exemplo da geriatria e da clínica médica. Esta, no
ranking baiano, figura na sexta posição com 439 especialistas.
Os dados divulgados pelo Cremeb foram levantados pela Pesquisa Demográfica
Médica no Brasil 2011, realizado pelo Conselho Federal de Medicina e Conselho
Regional de Medicina de São Paulo (CFM/ Cremesp). Conselheiro do Cremeb, Álvaro
Nonato ressaltou que não há no Brasil um planejamento de saúde que regule a
oferta e demanda de formação em função da necessidade social, nem por gestores
públicos ou por sociedades de especialistas médicos.
Geriatria
No País, são 922 geriatras para uma população de 21 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Na Bahia, há apenas uma residência médica em geriatria mantida pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que disponibiliza duas vagas por ano. “A procura é baixa por falta de procedimentos médicos que gerem bom faturamento. Infelizmente, é esta a nossa realidade”, lamenta a líder do núcleo de geriatria da Osid, Terezinha Pacheco. No País, há 21 cursos de pós-graduação na área, com 60 vagas anuais.
A presidente da SBGG na Bahia, Cristiane Machado, que é também professora da Ufba, diz que os alunos têm pouco conhecimento da especialidade. “É preciso mais ensino e informação”, diz. A médica Kênia Souza Magalhães é geriatra há quatro meses e diz que, já na graduação, escolheu a área. “Sempre tive vontade de trabalhar com idosos. São pacientes que, quase sempre, vêm acompanhados de problemas sociais”, aponta.
Geriatria
No País, são 922 geriatras para uma população de 21 milhões de pessoas acima dos 60 anos. Na Bahia, há apenas uma residência médica em geriatria mantida pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), que disponibiliza duas vagas por ano. “A procura é baixa por falta de procedimentos médicos que gerem bom faturamento. Infelizmente, é esta a nossa realidade”, lamenta a líder do núcleo de geriatria da Osid, Terezinha Pacheco. No País, há 21 cursos de pós-graduação na área, com 60 vagas anuais.
A presidente da SBGG na Bahia, Cristiane Machado, que é também professora da Ufba, diz que os alunos têm pouco conhecimento da especialidade. “É preciso mais ensino e informação”, diz. A médica Kênia Souza Magalhães é geriatra há quatro meses e diz que, já na graduação, escolheu a área. “Sempre tive vontade de trabalhar com idosos. São pacientes que, quase sempre, vêm acompanhados de problemas sociais”, aponta.
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