Lílian Machado
A maioria dos parlamentares, entre governistas e oposicionistas, se opõem à reeleição, porém não admitem oficialmente, a fim de pouparem atritos com Nilo.
Representantes da bancada petista já se manifestaram sobre as duas temáticas que prometem esquentar o clima na Casa. O deputado Joseildo Ramos (PT) apresentou um requerimento de criação de uma comissão para estudar uma reforma no regimento. Segundo ele, “muitas questões estão obsoletas e acabam tendo interpretação dúbia”.
Entre alguns pontos está o horário dos líderes, a questão de ordem, e até mesmo o voto aberto para algumas votações. O deputado tem recolhido assinaturas para criação da comissão. Porém o grande desafio, segundo os parlamentares é que o debate avance e tenha resultados, já que em outras legislaturas as questões se esbarraram na ausência de consenso.
Já sobre a reeleição ainda não há proposta oficial, mas muitos já cogitam o assunto. Para que se acabe com o direito de o presidente permanecer por mais de um mandato no poder é preciso que se apresente uma Proposição de Emenda Constituição (PEC) e se obtenha 38 assinaturas para colocar em votação no plenário. O deputado Álvaro Gomes (PCdoB) disse ontem ser a favor que se reveja o fim da reeleição já para próxima disputa em 2013.
O petista Rosemberg Pinto (PT) admitiu que alguns deputados têm atuado não só a favor do regimento, mas também de acabarem com a permanência ininterrupta no comando do poder.
“Porém para que não pareça uma ameaça à postulação do deputado Marcelo Nilo defendo que essa mudança ocorra em 2014, o que dá condição a ele a pleitear novamente”, minimizou. O deputado Alan Sanches (PSD) ratificou ser salutar a alternância de poder. “Agora é uma discussão que está longe”, frisou.
“Acho válido que se tenha apenas uma reeleição, mas que não passe pelo processo de 2013 porque tira a perspectiva de Marcelo de quarto mandato”, disse o deputado Adolfo Menezes.
Informações: Tribuna da Bahia
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