Tribuna da Bahia - Sergio Toniello Filho REPÓRTER
De acordo com o sindicato, a categoria reivindica reajuste salarial com base na inflação que compreende os períodos de maio 2011 a abril 2012, com mais 8% de ganho real.
Teremos mediações com o Ministério Público, Secretaria dos Transportes e iremos analisar as contrapropostas. Mas, até então, a greve está mantida. Na segunda-feira, às 10h, haverá um julgamento no TRT sobre o dissídio coletivo acionado pela categoria”, informou o presidente do sindicato, Manoel Machado.
Segundo o procurador Pedro Lino de Carvalho Júnior, que atuou como mediador
nas negociações realizadas ontem pela manhã no MPT, “houve avanços importantes,
uma vez que os dois lados chegaram aqui depois de 11 rodadas sem sequer haver
uma contraproposta à pauta apresentada pelos trabalhadores. Apresentamos uma
primeira contraproposta e hoje os dois lados trouxeram propostas para a mesa”,
contou.
A proposta apresentada pelo MPT atendia aos principais pontos da pauta de
reivindicações do sindicato. Um deles é a volta do pagamento do quinquênio,
benefício que os rodoviários tinham em acordos anteriores, mas que foi suprimido
em um dissídio coletivo.
A contraproposta admitia reajuste composto pela inflação do Dieese mais 5%,
mas também queriam garantia de piso salarial de R$ 700 e manutenção do desconto
de 10% do valor de face do ticket. Os empresários propuseram pagar o reajuste
salarial, com base no INPC, mas só a partir de setembro. Eles também não
aceitaram retomar o pagamento de quinquênio.
A categoria está em assembleia permanente na sede do Sindicato dos
Bancários, nos Aflitos. A mobilização atinge Salvador e Região Metropolitana por
tempo indeterminado.
Em nota, a Prefeitura de Salvador definiu a greve dos rodoviários como
“inoportuna” e apela para que as partes envolvidas no impasse continuem
dialogando a fim de evitar maiores transtornos à população em um momento em que
a cidade “enfrenta uma situação crítica diante dos elevados índices de chuva dos
últimos dias”.
Motoristas obrigados a rodar com frota
mínima
Na reunião realizada pela manhã no MPT, no Corredor da Vitória, um oficial
de justiça entregou notificação ao presidente da categoria, Manoel Machado,
informando que uma liminar obtida pelas empresas de transporte determina a
manutenção de frota mínima de 40% durante a greve, com o percentual subindo para
60% nos horários de pico.
A decisão judicial de reforçar o efetivo mínimo de 30% determinado por lei
foi concedida, em caráter liminar, pela presidente do Tribunal Regional do
Trabalho da 5ª Região, desembargadora Vânia Tanajura Chaves, por entender que a
greve é prejudicial a toda população, que diferentemente das demais capitais,
Salvador não possui outro modelo de transporte de massa.
O não cumprimento da decisão implica na aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado da Bahia.
O não cumprimento da decisão implica na aplicação de multa diária no valor de R$ 50 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado da Bahia.
De acordo com o diretor de imprensa do sindicato, Francisco Costa, são as
próprias garagens que vão decidir quantos ônibus vão para as
ruas.
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