quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dinheiro da campanha de Perillo é de caixa 2

Tribuna da Bahia

Embora tenha agendado o depoimento de três pessoas, a sessão da CPI do Cachoeira de ontem contou apenas com o depoimento do jornalista Luiz Carlos Bordoni, que atuou em campanhas de Marconi Perillo (PSDB) e Demóstenes Torres (sem partido).

Em quase oito horas de depoimento, Bordoni afirmou ter recebido “dinheiro sujo” para quitar uma dívida de campanha do governador de Goiás e chegou a dizer que Cachoeira tem um “governo paralelo” e que o “jogo do bicho”, uma contravenção penal, é comum no Estado.

“Ele corre frouxo em Goiás”, afirmou. Um dos pontos polêmicos da sessão foi quando o jornalista colocou em questão a origem dos recursos recebidos por ele para a prestação de serviços a Perillo.

“Eu trago aqui a verdade dos fatos. Pelo meu trabalho limpo eu fui pago com dinheiro sujo”, disse, durante a sessão. O jornalista faz referência a depósitos que foram feitos por empresas ligadas ao grupo do contraventor.

 
Assim como na reunião de terça, a sessão foi marcada por acusações feitas pela oposição de que o andamento da CPI está sendo prejudicado pelo presidente, que é do PT. Segundo os parlamentares, o presidente interino Paulo Teixeira (PT-SP) estaria defendendo o depoente. No final, o relator Odair Cunha (PT-MG) disse que eram inconsistentes as acusações de que o jornalista tenha cometido crime por sonegar impostos.

“Há no direito tributário um recurso que não qualifica como crime um tributo não pago”. Em abril de 2010, o jornalista afirmou ter fechado verbalmente numa conversa com Perillo sua atuação da campanha, na área de rádio.

Sem contrato, ele disse que acertaram que a participação seria de R$ 120 mil na campanha e R$ 50 mil de bônus pela vitória. Segundo o jornalista, R$ 80 mil foram pagos durante a campanha, metade deles pagos em espécie pelo governador

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