Tribuna da Bahia
Folha
Neymar jogou mais que todo o Santos. Correu, dividiu, abriu espaços, lutou
contra uma marcação fortíssima e foi a única alternativa de ataque que sua
equipe exibiu.
Não foi suficiente. O empate de 1 a 1 e consequente eliminação na Libertadores para o Corinthians se tornou o maior baque de sua curta carreira.
Após a partida, ele foi o último jogador a deixar o vestiário santista. Vestido todo de preto, boné virado para trás, tinha os olhos marejados e estava a ponto de chorar
"Vou torcer para o
Corinthians ser campeão", afirmou a dezenas de microfones e câmeras. "É o melhor
time do Brasil, e quero que um brasileiro ganhe a
Libertadores."
Neymar pontuava cada resposta com um
sorriso forçado, tentando demonstrar ânimo para o Campeonato Brasileiro, onde o Santos ainda não venceu. "Temos totais
condições de ser campeão."
Ontem, o atacante até voltou a marcar, o que não fazia desde a final do Paulista, há um mês e meio, contra o Guarani. Mas não foi o jogador espetacular que encanta o país. E ficou claro que o astro sofreu por não ter auxílio de companheiros à altura.
Antes do
jogo, o atacante tinha muito a provar sobre sua capacidade de
decisão.
No ano passado, carregou o time nas costas na conquista do tri da Libertadores. Esperava-se o mesmo ontem. E
Neymar tinha um problema a mais. Há três jogos, não conseguia fugir da marcação
implacável, irritava-se com zagueiros e volantes.
Neymar resolveu o problema de um jeito simples: mexendo-se. Acostumado a jogar pela esquerda, atuou ontem por todo os lados.
O gol santista nasceu assim. Começou com o camisa 11 na direita. E terminou quando ele caía pela esquerda, esperando para apenas empurrar a bola para o gol.
Prêmio de consolação, seu oitavo gol no torneio o transforma no artilheiro isolado desta edição da Libertadores.
Porém estar em todos os cantos também trazia perigos: quando foi buscar a bola na defesa, saiu errado, perdeu a disputa, ofereceu contra-ataque e quase transformou uma jogada simples em gol para os corintianos.
A movimentação que o atacante apresentou contraria os diagnósticos de que ele estaria desgastado. Neymar não deu os sinais de exaustão que demonstrara na ida, na Vila.
O problema era que o Santos estava completamente desarticulado. Não foi um time.
E teve vários e velhos problemas: falta de criatividade, nervosismo, poucas alternativas ofensivas e erros de passe. Neymar era a solução parcial para alguns deles. Não todos. Com o jogo se encaminhando para o fim e a eliminação mais clara, o Santos se apagou. E Neymar, junto.
Fiel companheiro em outras jornadas, Paulo Henrique Ganso fez uma de suas piores partidas no ano. Não houve tabelas entre os dois. A aproximação com Alan Kardec ou Borges foi ineficaz.
Ao final da partida, abatido pelo grito dos 36 mil corintianos, Neymar ainda teve fôlego para separar o início de uma briga entre seus companheiros e o trio de arbitragem.
Não foi suficiente. O empate de 1 a 1 e consequente eliminação na Libertadores para o Corinthians se tornou o maior baque de sua curta carreira.
Após a partida, ele foi o último jogador a deixar o vestiário santista. Vestido todo de preto, boné virado para trás, tinha os olhos marejados e estava a ponto de chorar
Ontem, o atacante até voltou a marcar, o que não fazia desde a final do Paulista, há um mês e meio, contra o Guarani. Mas não foi o jogador espetacular que encanta o país. E ficou claro que o astro sofreu por não ter auxílio de companheiros à altura.
Neymar resolveu o problema de um jeito simples: mexendo-se. Acostumado a jogar pela esquerda, atuou ontem por todo os lados.
O gol santista nasceu assim. Começou com o camisa 11 na direita. E terminou quando ele caía pela esquerda, esperando para apenas empurrar a bola para o gol.
Prêmio de consolação, seu oitavo gol no torneio o transforma no artilheiro isolado desta edição da Libertadores.
Porém estar em todos os cantos também trazia perigos: quando foi buscar a bola na defesa, saiu errado, perdeu a disputa, ofereceu contra-ataque e quase transformou uma jogada simples em gol para os corintianos.
A movimentação que o atacante apresentou contraria os diagnósticos de que ele estaria desgastado. Neymar não deu os sinais de exaustão que demonstrara na ida, na Vila.
O problema era que o Santos estava completamente desarticulado. Não foi um time.
E teve vários e velhos problemas: falta de criatividade, nervosismo, poucas alternativas ofensivas e erros de passe. Neymar era a solução parcial para alguns deles. Não todos. Com o jogo se encaminhando para o fim e a eliminação mais clara, o Santos se apagou. E Neymar, junto.
Fiel companheiro em outras jornadas, Paulo Henrique Ganso fez uma de suas piores partidas no ano. Não houve tabelas entre os dois. A aproximação com Alan Kardec ou Borges foi ineficaz.
Ao final da partida, abatido pelo grito dos 36 mil corintianos, Neymar ainda teve fôlego para separar o início de uma briga entre seus companheiros e o trio de arbitragem.
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