Murilo Melo
Um montante de R$ 7 bilhões cobrados indevidamente na conta de luz dos
consumidores brasileiros entre 2002 e 2009 motivou um tuitaço nesta terça-feira
(24), organizado pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), da Fundação
Procon-SP e da ONG Proteste.
A ação, promovida nas redes sociais com duração de 24h, até esta quinta,
25, denominada “TCU: o erro não foi nosso. Devolução já!”, tem como objetivo
reunir o maior número de assinaturas de consumidores numa petição que será
enviada aos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) ainda este mês.
Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o brasileiro
pagou o que não foi justo e, por conta do erro no cálculo de reajuste das
tarifas de energia elétrica, todos que pagaram a mais deverão ser
ressarcidos.
No Twitter, a hashtag usada durante o tuitaço foi #erronacontadeluz. Os
internautas protestam pedindo o dinheiro de volta. “Acreditamos na mobilização
para conseguirmos que corrija um erro que fere o bolso do consumidor
brasileiro”, escreveu o engenheiro Carlos Augusto Kirchner, representante da
FNE, em um dos tuítes.
Assim como outros, o internauta Fernando Costa escreveu em um dos posts
"Quero meu dinheiro roubado de volta". A manifestação também acontece no
facebook a partir do endereço
http://www.facebook.com/.
Nota Idec - Em nota, o Idec disse que a falha já foi
comprovada e assumida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo
Ministério de Minas e Energia (MME). Em 2010, a Diretoria Colegiada da Aneel
decidiu não devolver o valor cobrado indevidamente dos consumidores. Entre o
final deste mês e o início de maio, o Tribunal de Contas da União (TCU) deverá
decidir sobre o ressarcimento.
Processo - O processo está em trâmite no Tribunal de
Contas desde 2007. Por conta da mudança econômica do país, os brasileiros
passaram a consumir mais energia elétrica, porque, segundo estatísticas do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), adquiriram mais
aparelhos eletrônicos como televisores, geladeiras, micro-ondas, e
principalmente computadores, o que acarreta em aumento de energia. De acordo com
as regras do setor elétrico, as empresas de energia do país não poderiam lucrar
com o aumento de consumo.
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