Tribuna da Bahia - Naira Sodré REPÓRTER
Ontem, pela manhã, os professores se uniram e participaram de uma caminhada que partiu do Largo das Gordinhas em Ondina indo até o Farol da Barra. Segundo o professor Altino Bonfim, do comando de greve dos professores da UFBa, a união dos professores nesta passeata é para mostrar à sociedade que estamos também na luta pela valorização do professor. “Nossos problemas não são idênticos, mas, similares”, comentou.
Enquanto os professores da rede estadual de ensino continuam com a greve, os professores da rede privada entram no terceiro dia de uma paralisação que atinge apenas 15 escolas na capital e três no interior. Todas de maior porte.
A principal reivindicação deles é de um aumento real de 14,88% mas, a contraproposta dos patrões chegou apenas a 5,5%. Os professores da UFBa decidiram por greve após uma assembleia realizada na APUB, quando a paralisação das atividades foi aprovada por 119 professores dos 185 presentes.
E o que hoje se vê nas universidades federais é um professor dando aula para 100 alunos. Aumentou o número de alunos e não aumentou o número de professores. “O discurso foi um. A prática é outra”.
Por conta do Reuni - Reestruturação e Expansão das Universidades Federais -
enfrentamos a abertura de cursos sem condições de funcionamento, salas
superlotadas, sobrecarga de horas-aulas, bibliotecas defasadas, falta de
professores, laboratórios, funcionários, restaurantes universitários,
assistência estudantil e outros e outros problemas, confessou o professor
Altino.
Segundo ele, a categoria defende a expansão das universidades mas com qualidade, o que implica em uma expansão dos recursos destinados à universidade. Além disso, o reajuste de 4% dado à categoria nem sequer repõem as perdas inflacionárias.
Segundo ele, a categoria defende a expansão das universidades mas com qualidade, o que implica em uma expansão dos recursos destinados à universidade. Além disso, o reajuste de 4% dado à categoria nem sequer repõem as perdas inflacionárias.
Vários grupos de estudantes pediam o fim da greve na Avenida São Rafael, em pontos de ônibus em Pituaçu, Avenida Orlando Gomes e na região do Bairro da Paz. Muitos estudantes do 3º ano do segundo grau estão preocupados pelo tempo sem aulas.
A estudante Ana Maria Santos quer fazer as provas do Enem, que serão realizadas em novembro, mas, com a greve, se acha prejudicada. Além disso, diz ela, o ano letivo já está comprometido. Nem o governador sede, nem os professores. No meio de tudo isso, como ficamos?, perguntou.
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