Tribuna da Bahia
Lilian Machado REPÓRTER
A aliança é inédita em Salvador, já que o PV em eleições anteriores apoiou o PT. A professora universitária Célia Sacramento, fundadora do Instituto Steve Biko, é apontada nos bastidores como vice na chapa de Neto.
Em conversa com a Tribuna, Neto não quis antecipar o candidato à vice, mas ressaltou a adesão do PV ao seu projeto. “O PV tem tradição em Salvador. Nas últimas eleições em 2010, teve uma votação expressiva na cidade e tem uma bandeira ideológica que dialoga com o futuro e com a juventude, tendo uma penetração muito forte nos movimentos sociais.
Amanhã (hoje), mostraremos uma série de compromissos com a preservação do verde que serão incorporados à elaboração de nosso programa”, enfatizou, admitindo que estava entrando em um novo território. “Após essa eleição teremos uma nova geografia política na cidade”. O democrata destacou o fato de que está buscando uma “pluralidade” de apoios.
“Temos quatro: DEM, PSDB, PPS e agora PV, mas estamos trabalhando para buscarmos mais”, disse. Questionado sobre o PSDB, ele disse que a costura está sendo feita com o conhecimento de todos os partidos. “Todos estão participando dessa decisão”, afirmou.
Embora, nos bastidores, a parceria seja considerada inusitada, os
dirigentes do diretório estadual e municipal classificaram como “natural”.
“Nesta eleição, todo mundo conversa com todo mundo. São absolutamente naturais esses diálogos até a convenção. Na capital não lembro do PV apoiando o DEM, mas acabou isso de esquerda e direita. O que vale é o que propõe cada partido, cada candidato. Agora o que está em jogo é um pacto por Salvador, que está abandonada”, enfatizou o presidente estadual Ivanilson Gomes.
O dirigente municipal André Fraga, que ajudou nas conduções, também disse que não existia dificuldades. Mas, segundo ele, seria preciso haver integração nos programas de governo.
“Nesta eleição, todo mundo conversa com todo mundo. São absolutamente naturais esses diálogos até a convenção. Na capital não lembro do PV apoiando o DEM, mas acabou isso de esquerda e direita. O que vale é o que propõe cada partido, cada candidato. Agora o que está em jogo é um pacto por Salvador, que está abandonada”, enfatizou o presidente estadual Ivanilson Gomes.
O dirigente municipal André Fraga, que ajudou nas conduções, também disse que não existia dificuldades. Mas, segundo ele, seria preciso haver integração nos programas de governo.
A reportagem da Tribuna conversou com o especialista
político Paulo Fábio Dantas, que frisou o avanço da singularidade de algumas
alianças com o passar dos anos, algo que se tornou ainda presente na era PT. “É
preciso ver esse quadro de interpenetração, que está havendo independente do
campo ideológico e que vem de algum tempo.
As alianças em função da conjuntura eleitoral não seguem a mesma lógica da coalizão governamental, mas não cabe dizer se isso é certo ou errado, no entanto são características dos novos tempos”, analisou.
As alianças em função da conjuntura eleitoral não seguem a mesma lógica da coalizão governamental, mas não cabe dizer se isso é certo ou errado, no entanto são características dos novos tempos”, analisou.
Decisão surpreende o PSDB
O PSDB em âmbito estadual e municipal mais uma vez divergiu quanto ao
possível anúncio de que o DEM deve ter como aliado de chapa o PV.
O presidente tucano na Bahia, Sérgio Passos, disse não haver problemas no
fato de os verdes terem sido os escolhidos.
Já o dirigente municipal José Carlos Fernandes disse que não sabia até
então da aliança, “mas o que parece é que ele (ACM Neto) não quer que o PSDB
participe”.
Segundo o presidente do PSDB em Salvador, o fato é que Neto vai ter agora
que trabalhar para conquistar o apoio do deputado federal Antonio Imbassahy
(PSDB).
“Ele (Imbassahy) é o maior líder do PSDB em Salvador; é quem tem mais votos
e interessa à coligação o apoio dele. Agora resta ao candidato da majoritária
conquistar o apoio dele, que é fundamental pela estatura política”, mandou
recado.
Essa semana, a Executiva municipal do PSDB colocou como condição à
coligação com o DEM na majoritária e na proporcional a indicação do candidato a
vice-prefeito. O nome escolhido para integrar a chapa foi justamente o de José
Carlos Fernandes.
Mas o presidente da Executiva estadual Sérgio Passos ressaltou que não há
problemas. Segundo ele, o partido tucano terá forte posição na condução da
campanha eleitoral e ainda participação no programa de governo do democrata.
“Agregamos pensamentos e ideias para o futuro de nossa cidade”, citou. O
dirigente destacou ainda a tendência de uma “boa composição para eleição de
vereadores”.
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