Falcão tem que se virar com o que tem

Tribuna da Bahia

Diante do clamor e protestos da torcida, no final da noite de segunda-feira, durante 90 minutos, o presidente do Bahia Marcelo Guimarães Filho abriu o jogo no programa “Bola em Jogo” sob o comando de Edson Marinho, na Rádio Metrópole-FM.

O dirigente comentou sobre o atual estágio do clube, mas principalmente sobre contratações, e não deixou grandes perspectivas para o torcedor, revelando que o mercado do futebol está muito difícil, disputado, e o que é pior:

“Espero que o técnico Falcão encontre uma solução com o grupo atual, sem necessidade de novos jogadores. O grupo é muito bom. É um grupo que merece o respeito da direção, da própria torcida e sei que eles têm esse respeito. Ganhamos o Baiano. É claro que não é parâmetro para o Brasileiro, mas é um grupo muito aguerrido”, disse o presidente, justificando a demora do Departamento de Futebol para requalificar o time com reforços.

“O mercado está difícil. Não é uma coisa simples achar jogador, inclusive porque no Brasil muitos agentes se envolvem e precisam dar dinheiro a um, a outro. Mas é como eu disse. O Bahia está sempre no mercado. Tenho certeza que, se a gente conseguir ajustar o time com esse grupo que está aí, a gente pode ter um time competitivo”, completou.

Na entrevista de Marcelo Guimarães Filho que teve repercussão nacional, reproduzida em parte pelos grandes sites da internet, como o ecbahia.com, o presidente com elenco relação ao de 2011 disse que, salvo algumas peças como Dodô e Paulo Miranda, o time está melhor. Para Marcelo, o Bahia acertou mais do que errou no ano passado e em 2012 manteve peças como Lomba, Titi e Fahel, que também custaram muito ao clube.

“Ano passado, o mercado estava muito mais aquecido. Tínhamos acabado de fechar um contrato com a Rede Globo. Houve uma ingestão no mercado. Este ano não está acontecendo isso.

Estamos encontrando dificuldades. E, mais: tem muitos clubes com orçamento maiores do que o do Bahia e estão passando dificuldades financeiras até maiores”, justificou o presidente, que não chegou a usar esse jargão, mas deixou claro que no momento o técnico Paulo Roberto Falcão “vai ter que assar o porco com sua própria banha”.