sexta-feira, 25 de maio de 2012

Motoristas continuam desrespeitando a Justiça

Tribuna da Bahia - Catiane Magalhães Repórter
No segundo dia de greve, os rodoviários mantiveram a postura assumida desde o começo e não compareceram às garagens das empresas.

Apesar da expectativa que a frota mínima estivesse nas ruas para atender, ainda que precariamente, a população, ontem nenhum ônibus circulou por Salvador. Apenas os 278 veículos do Subsistema de Transporte Especial Complementar (STEC) tentavam minimizar os transtornos causados pela paralisação.

Alem destes, carros particulares transportavam os trabalhadores até os seus destinos. De acordo com a estimativa da Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), o movimento ocasionou um incremento de cerca de 30% do fluxo de veículos na cidade, com a entrada de vans, kombis e demais utilitários oriundos de cidades da Região Metropolitana de Salvador e do Recôncavo.
“Autorizamos os micro-ônibus das cidades vizinhas e que são devidamente regularizados junto aos seus municípios de origem para rodar em Salvador para não penalizar ainda mais a população, observando, claro, as condições de trafegabilidade de cada veículo”, informou o superintendente Alberto Gordilho.
Ainda assim, o dia foi de muito transtorno para quem precisava cumprir horário. Com pouca alternativa de transporte, os funcionários só conseguiram chegar ao trabalho com muito atraso.
“No primeiro dia de greve eu perdi trabalho. Hoje, para não acontecer o mesmo, fui dormir na casa de uma amiga, pois na Vasco da Gama está passando van para a Estação da Lapa. Eu paguei tarifa normal, mas eu soube que para bairros mais distantes, como Paripe, estão cobrando até R$ 5, disse a estudante Adriana Oliveira, que trabalha como caixa em uma loja em um shopping no Centro da cidade.
De acordo com Gordilho, o órgão, com o apoio da Polícia Militar, intensificou na tarde de ontem a fiscalização contra os transportes não regulamentados.
A comerciante Nancir da Silva, que trabalha na Estação da Lapa disse que o fluxo de passageiros no local diminuiu aproximadamente 80%, apesar dos transportes alternativos saindo a cada 30 minutos.

“Está tudo tão deserto que nem os outros camelôs vieram hoje trabalhar (ontem). Eu vim, mas nem vou ficar aqui neste paradeiro”, contou.
No bairro do Comércio, antigo centro financeiro da capital, até restaurantes fecharam suas portas por falta de clientes e funcionários. Apenas as agências bancárias e farmácias funcionaram, mas com tanta tranquilidade que nem houve filas.
O dia foi atípico em toda a cidade. Tanto na Calçada quanto na região do Iguatemi, os pontos de ônibus permaneceram vazios e as ruas livres para os carros particulares.
O Elevador Lacerda e os planos inclinados do Pilar e da Liberdade-Calçada funcionaram durante todo o dia com capacidade plena para atender a população dos bairros interligados por estes ascensores.

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