terça-feira, 29 de maio de 2012

Professores mantêm greve e não abrem mão dos 22%

Tribuna da Bahia - Rivânia Nascimento REPÓRTER
Em greve há 49 dias, os professores da rede estadual de ensino ainda continuam acampados na sede da Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB, reivindicando reajuste salarial de 22%. Uma nova assembleia foi agendada para hoje, às 9h, na sede da Assembleia Legislativa, para definir os rumos das negociações e, consequentemente, da greve, que já dura mais de 40 dias.

De acordo com Ércia Azevedo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), um dos principais entraves para o fim da greve refere-se à intransigência do governador Jaques Wagner em negociar com os professores sobre a quebra no acordo do governo em relação ao reajuste do Piso Nacional com percentual de 22,22%. “Queremos sentar para negociar.

Devolver salário é obrigação do governo. Queremos o cumprimento do acordo, a forma como vai ser cumprido podemos discutir”, diz a sindicalista.
A ocupação dos professores na Assembleia legislativa segundo Azevedo, é para pressionar os deputados a não aprovar projeto do governo que acaba com benefícios de professores com nível médio. Além disso, segundo ela, a categoria sofreu um retrocesso pelo desestímulo ao aperfeiçoamento profissional, cobrando o que seriam justos aumentos salariais.
De açodo com a Secretaria de Educação da Bahia, foi proposto o pagamento do salário de maio e o valor cortado da remuneração de abril se os professores estaduais, em greve há 49 dias, retornarem ao trabalho imediatamente. No entanto, o coordenador-geral do sindicato da categoria, Rui Oliveira, diz que os docentes não aceitam essa proposta e a greve segue sem previsão de término.
Sem acordo – O impasse entre governo e professores tem causado revolta entre estudantes da rede estadual de ensino, que decidiram na manhã de ontem realizar um protesto em frente à sede da Secretaria de Educação, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os alunos exigem mais agilidade do governador nas negociações para dar fim à greve que está prejudicando mais de um milhão de alunos em todo estado.
Os líderes do movimento apoiam a reivindicação dos docentes, que pleiteiam um aumento de 22,22% de aumento. O protesto pacífico, que foi organizado pelo facebock, contou com cerca de 600 estudantes onde, além do fim do movimento, defenderam uma educação pública de melhor qualidade.

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