Tribuna da Bahia -
Rivânia Nascimento REPÓRTER
Em greve há 49 dias, os professores da rede estadual de ensino ainda
continuam acampados na sede da Assembleia Legislativa da Bahia, no CAB,
reivindicando reajuste salarial de 22%. Uma nova assembleia foi agendada para
hoje, às 9h, na sede da Assembleia Legislativa, para definir os rumos das
negociações e, consequentemente, da greve, que já dura mais de 40 dias.
De acordo com Ércia Azevedo, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), um dos principais entraves para o fim da greve refere-se à intransigência do governador Jaques Wagner em negociar com os professores sobre a quebra no acordo do governo em relação ao reajuste do Piso Nacional com percentual de 22,22%. “Queremos sentar para negociar.
Devolver salário é obrigação do governo. Queremos o cumprimento do acordo, a forma como vai ser cumprido podemos discutir”, diz a sindicalista.
A ocupação dos professores na Assembleia legislativa segundo Azevedo, é
para pressionar os deputados a não aprovar projeto do governo que acaba com
benefícios de professores com nível médio. Além disso, segundo ela, a categoria
sofreu um retrocesso pelo desestímulo ao aperfeiçoamento profissional, cobrando
o que seriam justos aumentos salariais.
De açodo com a Secretaria de Educação da Bahia, foi proposto o pagamento do
salário de maio e o valor cortado da remuneração de abril se os professores
estaduais, em greve há 49 dias, retornarem ao trabalho imediatamente. No
entanto, o coordenador-geral do sindicato da categoria, Rui Oliveira, diz que os
docentes não aceitam essa proposta e a greve segue sem previsão de
término.
Sem acordo – O impasse entre governo e professores tem causado revolta
entre estudantes da rede estadual de ensino, que decidiram na manhã de ontem
realizar um protesto em frente à sede da Secretaria de Educação, no Centro
Administrativo da Bahia (CAB). Os alunos exigem mais agilidade do governador nas
negociações para dar fim à greve que está prejudicando mais de um milhão de
alunos em todo estado.
Os líderes do movimento apoiam a reivindicação dos docentes, que pleiteiam
um aumento de 22,22% de aumento. O protesto pacífico, que foi organizado pelo
facebock, contou com cerca de 600 estudantes onde, além do fim do movimento,
defenderam uma educação pública de melhor qualidade.
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