quinta-feira, 31 de maio de 2012

Uma Bahia sem donos

Tribuna da Bahia
Paulo Roberto Sampaio Diretor de Redação
Ao tempo em que ganha um mega projeto de R$ 1,3 bilhão por conta da iniciativa privada, investimento capitaneado por um grupo pernambucano, que deixando de lado querelas regionais elege nosso Estado para tão grandioso empreendimento, Salvador assiste a degradação de sua orla e a manobras de bastidores para impedir que novos equipamentos nela se instalem.

Um importante empreendimento imobiliário que viria ocupar o espaço das quase ruínas hoje do antigo Salvador Praia Hotel, no bairro de Ondina, reunindo às vésperas da Copa um equipamento tão importante para a cidade, misto de hotelaria e flat, segue se arrastando pelos tortuosos caminhos da burocracia por artimanhas e manobras, dizem, de um pseudo dono dessa terra.
A Bahia que já foi dominada em tempos outros por métodos pouco ortodoxos de fazer política e de gerir os interesses públicos e privados não pode mais se submeter a situações tais. Temos hoje uma orla pobre e mal cuidada exatamente pela falta de empreendimentos deste porte.
Que os segmentos envolvidos na questão sentem à mesa, avaliem e decidam pelo melhor para esta cidade, sem parecerem subjugados por figuras externas, contrariadas na ânsia de angariar mais e mais numa possível negociata.

Tão carente de equipamentos de ponta para estimular o turismo, a cidade e os que por ela têm amor e o poder de decidir, devem ter sim, como foco, o seu crescimento e os ganhos que um empreendimento desta magnitude tem a representar. E não o que uns ou outros possam amealhar vendendo caro o abominável tráfico de influência.

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