sexta-feira, 18 de maio de 2012

Construtora não entrega imóveis

Tribuna da Bahia
 
O clima de insatisfação é geral entre os proprietários dos apartamentos do Ikê, Tamari, no Imbuí, e Pátio Jardins, em Brotas, empreendimentos pertencentes à construtora PDG.

Com as obras atrasadas há quase dois anos, os proprietários cansaram do aparente “descaso” da construtora e estão denunciando a posição da empresa em vários atos realizados como manifestações de desabafo na Avenida Paralela e hoje, a partir das 9 horas, será realizada uma audiência pública na Câmara de Vereadores para discutir a inadimplência da construtora. O ato acontece no auditório do Anexo Bahia Center.

A audiência pública foi convocada pela vereadora Vânia Galvão(PT) e o assunto vem sendo denunciado em plenário pelo vereador Sandolval Guimarães (PMDB), que inclusive já apresentou indicação à prefeitura sugerindo a suspensão das liberações de licenças e alvará de construção e habite-se para a construtora.
Só em Salvador, cerca de 1.240 famílias aguardam a entrega de imóveis com atrasos que chegam a mais de 18 meses. Mesmo com as frequentes reclamações feitas pelos donos dos imóveis, que alegam, além do descumprimento do prazo de entrega, falta de acabamento na construção e troca de material de qualidade por material inferior, os representantes da PDG demonstram descaso com a situação, protestam.

“Todos aqui pagaram em média R$ 340 a R$ 460 mil, o que é quase R$ 4 mil por m². Queremos o mínimo de respeito e que eles cumpram o acordo”, desabafou Antonio Souza, um dos proprietários de imóveis. Ainda de acordo com o proprietário de um imóvel na torre Ikê, a postura do PDG é autoritária e enganosa. “Comprei um empreendimento caro e estou me sentindo enganado”, disparou.
Outros proprietários afirmaram que a postura da construtora ficou mais intransigente após a primeira manifestação realizada na Mudança do Garcia no Carnaval deste ano. “Eles nos responderam com ameaças de processos. Agora eles não permitem nem que a gente visite e acompanhe as obras”, afirmaram. Alguns proprietários compraram o imóvel para ir morar após o casamento e já tiveram que adiar a cerimonia por duas vezes.

Ainda de acordo com os manifestantes, a construtora, na última reunião, explicou que o motivo do atraso estava relacionado às greves no setor da construção civil, às chuvas na região e à falta de mão de obra qualificada.

Sobre o assunto, a PDG diz apenas que: “A previsão é que as torres Ikê e Tamari sejam entregues em julho deste ano, já o Pátio Jardins será entregue em fevereiro de 2013.

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