terça-feira, 15 de maio de 2012

Lúcio reforça diálogo com o PCdoB




Lilian Machado REPÓRTER
O caminho aberto pelo presidente estadual do PCdoB, deputado federal Daniel Almeida, em entrevista à Tribuna, sobre uma possível aliança com o PMDB nas eleições municipais de Salvador, embora estejam em caminhos opostos na conjuntura estadual, já que o PCdoB integra a base do governo Jaques Wagner (PT) e o PMDB faz oposição à gestão petista, foi bem aceito pelo dirigente peemedebista no Estado, deputado federal Lúcio Vieira Lima.

Deixando claro que uma aliança futura entre peemedebistas e comunistas, aliado histórico do PT, pode se concretizar, o líder do PMDB assinou embaixo no que diz respeito à possibilidade de ambos caminharem no mesmo lado na disputa pelo Palácio Thomé de Souza.

Há quem diga que as recentes atitudes do PCdoB, que não votou a favor do governo na apreciação do projeto que estabeleceu os subsídios dos professores, e ainda algumas críticas públicas possam alimentar essa relação. A avaliação é de que nesse jogo pré-eleitoral, as peças permanecem embaralhadas e nenhuma articulação está descartada.

Lúcio não perdeu a oportunidade de destacar que o PCdoB já demonstrou que não está totalmente combinado com o PT baiano. “Já mostrou sua insatisfação com a tentativa do PT de criar no Estado uma hegemonia absolutista e com isso temos todas as condições de fazermos uma aliança”, enfatizou.

O peemedebista ressaltou o bom relacionamento cultivado com o presidente do PCdoB e com a pré-candidatura do partido à prefeitura de Salvador, a deputada federal Alice Portugal. “Além disso, admiramos a história de 90 anos do PCdoB, partido que sempre esteve a favor das lutas sociais. Vejo com muita naturalidade uma aliança”, afirmou.
O dirigente insinuou que ambos já conversaram sobre a perspectiva de entrarem em um acordo. “Conversamos sempre. Se tem uma coisa boa é a conversa com o PCdoB. Conversamos de forma sincera e aberta, principalmente quando se trata de Salvador e da Bahia. Pensamos sempre no melhor para a nossa cidade e o nosso Estado. O que move nossos diálogos é a Bahia e os baianos”, disse em tom de animação.
Já no PSB, uma suposta composição com o PCdoB, conforme cogitada na entrevista com Daniel Almeida para uma candidatura como terceira via ao PT, ainda não é vista como possibilidade. Pelo menos é o que diz o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), que se coloca como um nome do partido na disputa. “Não vejo neste momento essa possibilidade no primeiro turno”. Ele continua a defender uma candidatura própria do PSB.
“Reafirmo minha posição de lutar até o fim por uma posição. Seria um absurdo político um partido que tem os dois melhores governadores do país, o de Ceará e o de Pernambuco, e os dois melhores prefeitos, o de Belo Horizonte e o de Curitiba, não ter uma candidatura de qualidade para reverter esse quadro de Salvador”, enfatizou.

Tadeu insistiu que o seu nome ou o da presidente estadual do PSB, a senadora Lídice da Mata, deve ser apresentado na briga pelo comando da prefeitura municipal. “Seria um tiro no pé dos socialistas e um desrespeito ao direito da sociedade soteropolitana de ter várias candidaturas o PSB não disputar”, acrescentou.

Vale lembrar que na conversa com a Tribuna, o presidente do PCdoB disse que a sigla com o PSB teria “potencial inclusive para alterar certos elementos do processo eleitoral. Se pudéssemos ter o apoio a senador seria um confronto muito grande, daríamos um extraordinário”

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