quarta-feira, 20 de junho de 2012

Brasil vai crescer a um ritmo de 4% no quarto trimestre

Tribuna da Bahia
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reforçou ontem a avaliação de que a economia brasileira ganhará força nos próximos trimestres, em um cenário com inflação em queda. Em discurso em São Paulo, Tombini afirmou que “no quarto trimestre de 2012 o Brasil estará crescendo a um ritmo de 4% na comparação com igual período de 2011.

E crescerá acima de 4,5% no primeiro semestre de 2013, na mesma base de comparação”.
Segundo ele, dois conjuntos de fatores amparam essa perspectiva. Um deles é a sustentação da demanda doméstica, com desemprego em baixa e renda em ascensão.

O outro é a redução de 400 pontos-básicos da taxa básica de juro (Selic) já promovida pelo Banco Central, juntamente com a flexibilização dos depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos obrigatoriamente precisam deixar no BC), melhorando as condições de liquidez do sistema financeiro.
Atualmente, a taxa Selic encontra-se em 8,5% ao ano e o mercado já trabalha com a expectativa de juro básico em 7,5% ao fim deste ano. Para Tombini, ainda há espaço para ampliação do consumo no país. “É exatamente o consumo que dará propagação ao crescimento, incentivando a realização de novos investimentos privados, os quais darão suporte ao crescimento sustentável nos próximos anos.”
Esse ambiente, acrescentou o presidente do BC, será acompanhado de inflação controlada. “A inflação tende a seguir em declínio, a se deslocar na direção da trajetória de metas. Essa dinâmica de convergência da inflação para a meta de 4,5% contribui para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, e é positivamente influenciada por elas”, disse.
“Nesse sentido, as expectativas de inflação implícitas apontam inflação entre 4,20% e 4,30% em 2012 e no caso do boletim Focus [pesquisa do BC junto aos analistas de mercado] também tem-se observado deslocamento na mesma direção.”
Cena externa ajuda no controle dos preços
O cenário internacional continua desafiador e a perspectiva é de crescimento abaixo da tendência de longo prazo nos principais blocos econômicos, afirmou o presidente do Banco Central. Esse quadro, reiterou, tem impacto de neutro a desinflacionário para o Brasil.

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