Timão, o poder de um grande clube

Tribuna da Bahia

Campeão ou não, o Corinthians vai sair desta Taça Libertadores da América com muito dinheiro no bolso. Se conquistar o título inédito, nos 100 anos de fundação do clube paulista, os ganhos vão ultrapassar os R$ 29 milhões, mais da metade dos orçamentos anual de Bahia e Vitória, em uma única competição.

Este é o valor aproximado que o Timão vai lucrar com a conquista continental e inclui premiações da Conmebol, bilheteria, patrocínios de ocasião e a participação no Mundial da Fifa.

A partir desta noite o Corinthians disputará sua primeira decisão de título da Taça Libertadores, contra o Boca Juniors, no Estádio La Bombonera, na Argentina.

O jogo de volta será na próxima quarta, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo. Acompanhe na matéria assinada por Lucas Reis, no site da folha.com, o que em números, em cifrões, traduz claramente a diferença entre pequenos e grandes clubes do futebol brasileiro.

Só em bilheterias, o clube arrecadou, até aqui, cerca de R$ 9 milhões líquidos, nos seis jogos que fez no Pacaembu.

O número corrobora a tese da diretoria de que o clube não precisa do Morumbi para ganhar dinheiro. Em média, a cada partida como mandante o Corinthians lucra R$ 1,5 milhão. E ainda resta um jogo em casa, justamente a final, cujo lucro deve chegar a R$ 2 milhões.

As contas continuam. O clube ainda não conta com um patrocínio máster e aproveita o momento eufórico para inflacionar sua camisa. Nos dois jogos contra os argentinos, três empresas procuraram o Corinthians para estamparem suas marcas. Juntas, Iveco, Bombril e Marabraz vão pagar R$ 4,3 milhões pela exposição dos nomes em rede internacional. Outros anúncios renderam R$ 2,9 milhões em acordos pontuais nas oitavas, quartas e semifinais da competição.

Um eventual título deverá inflacionar ainda mais o preço pelo patrocínio máster, que o Corinthians negocia sem pressa. A própria Iveco está na frente e já ofereceu R$ 35 milhões anuais por dois anos de contrato. O restante dos ganhos do clube, que gerou uma receita de R$ 290 milhões em 2011, a maior do país, vem em dólar. Bom negócio em tempos de valorização da moeda americana em relação ao real.

Até aqui, a participação, até a chegada para a decisão do título da Taça Libertadores da América, o Corinthians tem um acúmulo financeiro garantido que ultrapassa os R$ 21 milhões.