terça-feira, 5 de junho de 2012

Médicos iniciam paralisação de atividades por dois dias

Murilo Melo e Mariana Mendes - Jornal A Tarde
Pelo menos quatro mil médicos que prestam serviços à Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), após uma semana de luta por reinvidicações, decidiram paralisar as atividades nestas terça e quarta-feira (5 e 6 de junho). A mobilização interrompe atendimentos eletivos em toda a rede hospitalar do estado.

O paciente que tiver consulta ou exame marcado deverá remarcar para outra data. Entretanto, o atendimento de urgência e emergência funcionarão normalmente. Os médicos federais já tinham decidido pela manifestação na semana passada.

Segundo o Sindicado dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), a categoria alega baixos salários, más condições nos locais de trabalho, luta para que a Sesab concorde com a gratificação para os plantões de 12 horas e repudiam a Medida Provisória que tramita no senado para reduzir a remuneração dos médicos em 50%, medida que também pretende alterar a carga horária dos profissionais de 20 horas para 40 horas semanais.

Além de exigir também a criação de um plano de cargos, carreira e vencimentos adaptado especificamente para o trabalho dos médicos.

O secretário de Saúde da Bahia, Jorge Solla, diz que não entende o motivo da paralisação dos médicos, uma vez que o governo está em diálogo permanente com a categoria, que já teve quase todas as reivindicações atendidas. "A greve dos médicos federais é perfeitamente entendida. Eles têm motivo para parar, os daqui não", diz.

Hoje, às 12h, os médicos participam de uma assembleia na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no Canela, onde devem decidir se deflagram greve por tempo indeterminado.

Proposta - O Sindimed alega que a paralisação de dois dias é resultado da insatisfação da classe quanto à proposta do governo em rodada de negociação realizada na última quarta-feira (30). "O governo falou e a categoria ouviu, mas a proposta não atendeu às expectativas", relata o presidente do Sindimed, Francisco Magalhães.

Na ocasião, Jorge Solla, apresentou os argumentos do governo quanto às reivindicações dos médicos. Porém, de acordo com o Sindimed, a criação de um grupo de trabalho para elaborar um Plano de Cargos, Cerreira e Vencimentos (PCCV) específico dos médicos é pouco. "A categoria quer uma proposta com prazos definidos e maior clareza sobre a remuneração", cobra Magalhães.

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