terça-feira, 5 de junho de 2012

“Chegou a hora de me tornar titular do Bahia”, diz Danny Morais

André Uzêda - Jornal A Tarde

A ida praticamente certa de Rafael Donato para o Cruzeiro abre uma vaga na defesa do Bahia. Danny Morais, 27 anos, parece ser o candidato mais apto a ocupá-la no momento.
No Bahia há um ano, o defensor, nascido em Porto Alegre, ainda não conseguiu se estabelecer como titular do tricolor desde a sua chegada, algo que parece incomodá-lo.
“Sempre fui bem valorizado aqui no Bahia, até pela minha renovação, mas sinto falta de ser titular”, diz. Nesta entrevista ao ESPORTE CLUBE, Danny fala ainda sobre as mudanças na equipe de Falcão e das críticas que recaem sobre o grupo.
A saída de Rafael Donato ainda não foi confirmada, mas as informações indicam que esteja próxima de ser concretizada. Você está enxergando esta transferência como uma oportunidade de entrar definitivamente no time principal?
Tenho que estar preparado para ser titular independente da situação. O Falcão sempre fala da importância do grupo como um todo na formação da equipe do Bahia e, portanto, sempre luto para poder dar minha contribuição. Isso independente da chegada ou saída de alguém.
Mas desde que chegou no Bahia, em março de 2011, você jamais alcançou a condição de titular absoluto. Isso lhe incomoda de alguma forma? Essa pode ser a chance que você precisava?
Apesar de ter ficado vários jogos na reserva sempre me senti valorizado no Bahia, seja entrando em partidas importantes, ou mesmo quando o clube me procurou para renovar (Em dezembro do ano passado o Bahia ampliou o contrato do zagueiro até o final deste ano). Agora, claro, meu desejo é ser titular da equipe. É o que todo jogador sempre quer. Acho que essa é sim uma boa oportunidade para que isso aconteça e espero agarrar essa chance com todas as forças.
O momento do Bahia não é dos melhores depois da conquista do Baiano. Até aqui, foram dois jogos no Brasileiro e nenhum gol marcado, com apenas um ponto somado. E ainda houve a recente eliminação para o Grêmio na Copa do Brasil...
Estamos entrando nesta competição (o Brasileiro) somente agora. Estávamos muito focados na conquista do Campeonato Baiano, algo que não ocorria havia dez anos e finalmente destruímos aquele jejum que aborrecia tanto o nosso torcedor. Em relação ao número de pontos, ainda é muito cedo para falar isso. Várias equipes tem apenas um ponto no Brasileirão. Da 13ª colocação para baixo está todo mundo igual. Vamos nos recuperar ao longos dos jogos, sem dúvida alguma. Temos time para isso.
Algo que não tem como negar é que o time do Bahia, que já foi o melhor ataque do Brasil, perdeu em ofensividade, principalmente em relação ao número de gols marcados. Apesar de fazer parte do sistema defensivo você saberia explicar as razões disso ter ocorrido?
O time do Bahia começou o Baiano com uma proposta de jogo muito definida, mas que foi sendo assimilada pelos adversários a medida que a competição ia avançando. Ganhamos jogos com muita autoridade no começo, mas os outros times foram conhecendo a forma como atuávamos ao longo da competição. Nas finais do Baiano criticaram muito o Falcão por ter modificado o time, mas foi uma postura inteligente para surpreender o adversário. Eles esperavam uma postura e mostramos outra. Isso prova que temos condições de variar a forma de jogar.
Você acredita então que o Bahia está passando por uma transição. É por isso a oscilação?
Sim, o futebol é muito dinâmico, seja com a chegada de outros jogadores (o Bahia contratou cinco atletas nos últimos dias) ou mesmo de um jogo para o outro. O Falcão está arrumando uma forma nova de jogar e passando isso para nós jogadores. É bom que isto esteja acontecendo, pois vamos criar novas jogadas para surpreender os adversários.
Depois dessa pausa de dez dias o torcedor pode esperar um novo Bahia para o jogo contra o Atlético Mineiro, na quarta?
Esse tempo para trabalhar tem sido muito bom. Estávamos com jogos seguidos nas quartas e domingos e não havia muito tempo para nada. Fizemos jogos muito difíceis contra Santos e São Paulo e fomos competitivos ao máximo. Agora, tivemos uma semana inteira de preparação, o que fortaleceu muito o grupo. Vamos entrar forte para subir na tabela de classificação.

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