Tribuna da Bahia
O diretor da One International Sports Business, Maurício Fragata, não vê com bons olhos sua chegada ao clube mineiro. “Eu sou bem cético. Não acredito que ele vá dar bons resultados, acho um desperdício de dinheiro”, analisou.
“Como produto poderia ser muito bom porque tem 32 anos e não tem histórico de lesões. Mas pelo momento não tem nada a acrescentar. Ela não mostrou a que veio com relação à performance, nem aos negócios. Tem uma imagem negativa e se tornou um péssimo garoto-propaganda”, completou.
O meia deu sinais de estaria recuperado no time rubro-negro quando sagrou-se campeão carioca do ano passado e teve um bom início no Brasileirão ao marcar três gols na emblemática vitória por 4 a 3 sobre o Santos. No entanto, a história mudou.
Entrevistas e aparições em excesso só tendem a piorar a imagem de Gaúcho. Dessa forma, os especialistas acreditam ainda que não é hora de bolar estratégias de marketing como camisas comemorativas, bonecos ou produtos licenciados. O papel do clube agora é cobrar que ele tenha disciplina e volte a render em campo.
“O clube tem que exigir performance. Se não for assim, não tem como. No Flamengo ele tinha esse planejamento de marketing, foi embora no meio do caminho e nada se realizou. Ficou com uma imagem pior ainda”, disse Beting. “Duvido que alguém compraria os produtos”, conclui Fragata.
O Atlético-MG parece disposto a cumprir o protocolo ao dar uma apresentação sem pompa a Ronaldinho Gaúcho. Na tarde de segunda-feira, o meia apareceu com uniforme e participou de seu primeiro treino na Cidade do Galo antes mesmo de ser anunciado. Apenas depois das atividades e da entrevista do presidente Alexandre Kalil, o jogador falou sobre suas pretensões no clube e em dar a ‘volta por cima’.
O consultor de marketing esportivo e professor na UniFMU, Georgios S. Hatzidakis, considera esse o caminho certo para uma retomada na carreira do atleta e do clube. “Tem que ter discrição. A saída é mostrar resultado porque já houve um prejuízo da imagem. Quanto menos festivo, melhor para a imagem dele e para o clube. Acredito que tenha sido uma estratégia do clube (apresentação simples). O presidente não quis correr o risco até porque o jogador não é bem visto.”
Hatzidakis considera difícil, mas vê que uma recuperação ainda é possível. “Ele ainda tem uma história positiva, mas está valendo o momento atual. Não depende do clube, do empresário, do irmão. Ele não desaprendeu a jogar. Só parece que não tem mais paciência. Precisa ter disciplina, seguir a rotina de um atleta, com regras”, finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário