sexta-feira, 1 de junho de 2012

Setor da construção civil pode sofrer desaceleração

Tribuna da Bahia - Daniela Pereira REPÓRTER
A desaceleração do setor da construção civil brasileira pode atingir os trabalhadores da área. Segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), em 2010 o país apresentou um avanço de 15,5%, sendo que, para este ano, são esperados apenas 5,2%.

Apesar dos números, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção do Estado da Bahia (Sintracom-BA) garante que há vagas para a classe até 2016 e que os trabalhadores baianos não têm motivos para preocupações.

A situação de instabilidade iniciou-se nos meados de 2011, quando o mercado de lançamentos e vendas de imóveis sofreu declínios, deixando como cenário em 2013 a ociosidade de mão de obra no setor imobiliário. Já que, atualmente os estoque estão acumulados, conforme explicou Luiz Augusto Amoedo, através de artigo publicado na Tribuna, as construtoras e incorporadoras terão de reduzir o apetite e procurar focar em empreendimentos voltados para nichos específicos do mercado.
De acordo com Arilson Ferreira, diretor de saúde do Sintracom-BA, a categoria não acredita que estes números reflitam na quantidade de ofertas de emprego no Estado.

“O que estamos presenciando é um “boom” imobiliário. Em todos os cantos da cidade temos novas construções, sem contar com as obras da Fonte Nova e metrô”, explicou o diretor, ressaltando que segundo pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), até 2016 a Bahia terá vagas para trabalhadores da área. “Sabemos que existe desemprego, mas a construção está em alta”, assegurou.
Segundo Amoedo, “embora a curva do emprego continue se mostrando estabilizada, até o final do ano, o setor da construção civil na Bahia deixará de apresentar uma oportunidade para quem esteja à procura de um posto de trabalho e um cenário de desemprego, por conta da falta de lançamentos e da entrega das obras que foram contratadas nos dois últimos anos”.
Luiz Augusto ainda explica que “na visão de especialistas que acompanham o setor, esse desaquecimento, que resultou em crescimento menor no ano passado, deve se intensificar nos próximos meses, com as empresas tendo de administrar estoques, endividamento considerável e a necessidade de gerar caixa”.

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