Tribuna da Bahia
Em três anos como profissional, Neymar precisa conviver com dois jogadores
diferentes dentro de si.
O outro é um jogador normal, às vezes até apagado, que não decide jogos e
aparece só quando o atacante cruza as fronteiras nacionais.
Para azar do Corinthians, é o primeiro Neymar quem entrará em campo amanhã,
na Vila Belmiro, na primeira semifinal da Libertadores.
O atacante acaba de voltar de uma excursão com a seleção brasileira. Jogou
três partidas, viu seu time perder duas, fez só um gol e frustrou as
expectativas de quem projetava vender sua imagem como um supercraque no mercado
norte-americano.
Quando chegou a São Paulo, Neymar foi questionado sobre o que faria na
semana de jogo decisivo da Libertadores. E usou metáfora boleiro-tecnológica:
era preciso "trocar o chip". Ou seja, tirar de campo o Neymar da seleção e dar
lugar ao do Santos.
Os números medem o tamanho dos fracassos de Neymar em suas aventuras pelas
terras estrangeiras.
Em dez partidas com o Santos fora do Brasil, nas duas Libertadores que
disputou (2011 e 2012), Neymar balançou a rede apenas duas vezes, média de 0,2
gol por partida.
Em outros 13 duelos, todos no Brasil, o santista fez 11 gols, média de 0,8
por jogo.
O território estrangeiro também foi palco dos maiores fracassos do atacante
como profissional. Com a seleção, decepcionou durante a Copa América na
Argentina.
Com o Santos, protagonizou uma das piores atuações coletivas da equipe nos
últimos dois anos de Libertadores: perdeu de 1 a 0 do Vélez Sarsfield em Buenos
Aires.
Para a sorte dos santistas, porém, as duas semifinais deste ano serão no
Brasil. A primeira, amanhã. A segunda, na quarta-feira que vem.
GANSO
Pela segunda vez, o meia treinou normalmente ontem e acelerou a recuperação
para disputar as semifinais. A ideia inicial era que Ganso estivesse apto a
atuar no segundo jogo, mas Muricy Ramalho já cogita tê-lo no primeiro, caso ele
não sinta dores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário