sexta-feira, 1 de junho de 2012

ONU pode ter universidade em Salvador

Tribuna da Bahia - Fernando Duarte REPÓRTER
 
Salvador foi indicada como sede da Universidade Mundial de Segurança e Desenvolvimento Social das Nações Unidas, ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) e que discute a construção de políticas públicas conjuntas na área de segurança. Um esboço do projeto foi apresentado ontem ao diretor-presidente da Tribuna e presidente da Associação Baiana de Imprensa (ABI), Walter Pinheiro, pelo secretário de Assuntos Internacionais do Estado da Bahia, Fernando Schmidt.

O projeto é resultado das discussões no Fórum de Salvador, presidido por Schmidt e coordenado pela Secretaria de Assuntos Internacionais do Governo do Estado e pelo Ministério Público da Bahia, entre os dias 28 e 30 de maio.

“Os especialistas perceberam uma carência de estudos científicos para embasar as políticas públicas na área de segurança pública desenvolvidas pela ONU e pelos países membros, por isso a necessidade da criação da universidade, permitindo um caráter mais acadêmico ao processo de formatação delas”, ressalta o secretário.
Segundo ele, o Brasil foi escolhido por sua posição como polo de desenvolvimento e pelas políticas na área de segurança que versam pela inclusão social. “O objetivo é fazer com que as políticas públicas se tornem mais eficientes”, comenta Schmidt.
Sede do 12º Congresso Mundial sobre Criminalidade há dois anos, a capital baiana foi escolhida como sede da reitoria por unanimidade pelos 19 especialistas presentes ao fórum. A Carta e Declaração de Salvador foram encaminhadas ao Governo Federal, que faz a apresentação do projeto na reunião do Conselho Econômico Social da ONU no próximo mês de agosto, antes da Assembleia Geral, quando deve ser criada formalmente a universidade.
Para Walter Pinheiro, a iniciativa permite que políticas públicas sejam desenvolvidas conjuntamente pelos países membros da ONU. “O projeto cria núcleos de pós-graduação para fornecer subsídios no combate a essa chaga mundial que é a violência”, sugere Pinheiro.
Apesar da Bahia não ter sido confirmada oficialmente como sede, a Declaração de Salvador reconhece as credenciais do estado para sediar a central da universidade. Países como os Estados Unidos, inclusive, já pleiteiam a implantação de um instituto avançado, nesse caso com sede na Flórida. “Temos que esperar a Assembleia Geral da ONU e, até lá, o projeto deverá ser ampliado pelo Governo Federal e até mesmo na ONU”, indica o secretário baiano.

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