Tribuna da Bahia
Paulo Roberto Sampaio Diretor de Redação
O título baiano conquistado sem vencer uma única vez o rival Vitória foi
um alerta. O retrospecto dos 10 últimos jogos já deveria ter servido para
acender não mais uma luz amarela, mas uma vermelha. O Bahia hoje é, independente
da posição que ocupe na tabela, o pior time da Série A do Brasileiro.
Consegue uma inédita façanha: não tem laterais confiáveis, uma zaga segura, um meio-campo eficiente, nem na
marcação nem na armação, nem um ataque matador. Daí, se sua gestão de futebol
não tem olhos para ver que o time é limitado ou limitadíssimo, que pelo menos
ouça os reclamos e o brado da torcida, entoado ontem em Pituaçu: "ôôôô, queremos
jogador".
E jogador para entrar no time e decidir. Para dar consistência à
defesa, para arrumar o meio-campo e para fazer os gols, cada vez mais raros
nesse time, principalmente depois da saída do zagueiro, pasmem, de um zagueiro
grandalhão chamado Rafael Donato.
Jogadores capazes de vestir e honrar a camisa tricolor e não umas
contratações meio escabrosas como a do vovô Zé Roberto, que, segundo se afirma,
ganha R$ 200 mil por mês por um longo contrato, ou o trapalhão Diego Varejão,
que melhor seria ser chamado de Diego Coalhada, com licença do nosso saudoso
Chico Anísio.
E que essas contratações cheguem logo, enquanto o time botou apenas um pé
na zona do rebaixamento.
Mais duas ou três rodadas e o time vai estar brigando para, quando muito,
escapar da lanterna. E aí, certamente, sua tolerante torcida deixe de ser tão
tolerante quanto está sendo até hoje.
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